12 de janeiro de 2025

O que dizem as defesas de presos no Caso Marielle

Polícia Federal prendeu Domingos Brazão e Chiquinho Brazão por mandar matar Marielle; delegado Rivaldo Barbosa também é preso, suspeito de atrapalhar as investigações. Polícia Federal prende suspeitos do assassinato de Marielle Franco
Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos neste domingo de Ramos (24) apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco, em março de 2018, no qual também morreu o motorista Anderson Gomes. Já o delegado Rivaldo Barbosa também foi detido, suspeito de atrapalhar as investigações.
O trio será transferido para Brasília ainda hoje. Aos poucos, as defesas dos presos vão chegando à sede da Polícia Federal (PF) na Zona Portuária do RJ para se inteirar das prisões.
A defesa de Domingos Brazão afirmou que o conselheiro do TCE do RJ é inocente.
“Tenho certeza absoluta que improcede essa imputação. Ele não conhecia a Marielle, não tinha nenhuma ligação com a Marielle, e agora cabe à defesa provar isso (…) Tenho certeza absoluta que ele é inocente”, disse o advogado Ubiratan Guedes, na porta da sede da PF na Zona Portuária do Rio.
‘Tenho certeza absoluta que ele é inocente’, diz defesa de Domingos Brazão
Antes, advogado Carlos Henrique Dias, que faz a defesa de Rivaldo Barbosa, entrou na PF e não falou com os jornalistas.
Em seguida, Alexandre Dumans, que faz que advoga para a Associação de Delegados (Adpol) da Polícia Civil, chegou ao local e informou que a entidade também dará toda assistência ao delegado.
Ainda de acordo com o defensor, ele ainda não teve acesso a investigação e busca detalhes do mandado de prisão e de busca e apreensão do seu cliente.
“A Adepol vai dar assistência ao delegado Rivaldo. Eu ainda não tive acesso aos altos e nem ao doutor. (Mas) Seremos constituídos e a Adepol, sem dúvida, ficará com o caso dele”, disse o advogado.
Alexandre Dumans, advogado de Rivaldo Barbosa, na porta da Polícia Federal
Henrique Coelho/g1
As defesas dos irmãos Brazão foram procuradas. No entanto, elas ainda não responderam.
Além dos mandados de prisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou 12 mandados de busca e apreensão.
Entre os alvos estão: o primeiro delegado do caso, Giniton Lages, que chegou a escrever um livro sobre a morte da psolista e seu chefe de investigação à época, Marcos Antônio de Barros Pinto. O ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento dos dois das atuais funções.
Já Erica de Andrade Almeida Araújo, mulher de Rivaldo, teve busca e apreensão decretada, bens bloqueados e a suspensão da atividade comercial de sua empresa, que, segundo a PF, lavava dinheiro para o marido.

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