PGR denunciou ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas envolvidas na tentativa golpista que culminou no de 8 de janeiro. Bolsonaro visitou senadores da oposição nesta terça-feira (18) no Congresso
Wilton Junior/Estadão Conteúdo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas pela tentativa de golpe de Estado em 2022.
Eles foram denunciado pelos crimes:
liderança de organização criminosa armada;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união;
deterioração de patrimônio tombado.
A defesa do ex-ministro Anderson Torres disse que está “avaliando a denuncia”.
A defesa do general Paulo Sergio Nogueira afirmou que só vai se manifestar nos autos.
Os advogados do ex-ministro Braga Netto, José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua, disseram que a denúncia é “fantasiosa”.
“Também é surpreendente que a denúncia seja feita sem que o relatório complementar da investigação fosse apresentado pela Polícia Federal. É inadmissível numa democracia, no Estado Democrático de Direiro, tantas violações ao direito de defesa serem feitas de maneira escancarada”.
A defesa do Coronel Marcelo Câmara disse que a denúncia não significa condenação.
“As quase 300 páginas lastreadas em uma investigação confusa e com foco político não abalam e nos fazem seguir seguros de que todos os fatos serão esclarecidos para que, ao final, a verdade seja reestabelecida e a absolvição prevaleça no Plenário do SupremoTribunal Federal”.
Os avogados de Almir Garnier Santos disseram que vão ler a denúncia e que, após acesso à delação de Mauro Cid, “exerceremos o contraditório”.
A defesa de Filipe Martins afirmou que ele foi denunciado por uma “minuta fantasma, cuja existência nunca foi provada por ninguém e que só esteve presente nos devaneios mentirosos de um tenente-coronel delator e de uma polícia em desgraça”.
“A Defesa de Filipe Martins repudia veementemente a condução suspeita desse processo, a manipulação realizada durante as investigações (como o uso de uma viagem forjada para ocasionar uma prisão e tentar forçar uma delação) e as acusações infundadas do PGR, e demonstrará, junto ao seu cliente, não apenas que tudo é falso, mas também que tudo é nulo desde o princípio”.
“Filipe Martins não aceitará essa violência política calado. Ele enfrentará seus algozes, exigirá acariação com Mauro Cid, denunciará todas essas ilegalidades para os tribunais internacionais e desmontará essa farsa com os fatos, certo de que, ao final, provará que tudo não apenas é falso, mas também nulo desde a origem. O lawfare escancarado será esmagado, a perseguição política será desmascarada, e a verdade prevalecerá”, afirmou a defesa em nota.
A defesa de Ronald Ferreira de Araujo Junior disse que “por ora, não vamos nos posicionar sobre o assunto”.