Dez animais morreram em Manaus desde o último sábado (4). A suspeita da causa das mortes é de intoxicação alimentar por consumo de feno contaminado. Mãe de dono de cavalos relata mortes por suspeita intoxicação em haras de Manaus
Dez cavalos morreram desde o último sábado (4) em um haras e uma chácara em Manaus após apresentarem os mesmos sintomas. A morte mais recente foi registrada na segunda-feira (6), no bairro Tarumã, Zona Oeste da capital.
📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
O g1 fez um levantamento do que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
Como ocorreram as mortes?
Quais as possíveis causas?
Quem investiga o caso?
O que dizem os proprietários dos animais?
O que diz a administração do haras?
Como ocorreram as mortes?
Com as novas mortes, oito animais já perderam a vida no Haras
Divulgação
Na manhã do sábado (4), donos de cavalos que estavam no Haras da Nilton Lins foram surpreendidos com a notícia da morte de três equinos. Outros animais que estavam no local também estavam doentes e apresentavam sintomas como falta de apetite, o que levou a uma rápida perda de peso. Os animais vivos foram submetidos a tratamento com soro.
Desde então, outros seis animais que estavam no haras morreram até a manhã desta terça-feira (7). Um cavalo que estava em uma chácara em outro ponto da cidade também morreu, na segunda-feira (6), após ingerir o feno produzido no Haras da Nilton Lins, segundo a proprietária do animal.
Quais as possíveis causas?
De acordo com informações preliminares, a possível causa é a ingestão de uma toxina, com sintomas semelhantes aos do botulismo, que levou os animais a um quadro crítico. A suspeita é que os animais, tanto no haras quanto na chácara, tenham ingerido alimento contaminado.
Ao g1, Priscila Meneses, mãe do dono de dois cavalos, relatou que a informação sobre a contaminação dos equinos na Nilton Lins foi repassada pelo veterinário responsável pela instituição.
“Suspeita-se que seja uma toxina do botulismo, responsável pela morte dos cavalos, e os outros estão apresentando os mesmos sintomas. O único tratamento possível é a aplicação de soro, mas não há garantias de sobrevivência. As cenas são tristes, grotescas e impactantes”, explicou Priscila
Quem investiga o caso?
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), informou que o caso das mortes no Haras será investigado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema). Já sobre o animal morto na chácara, veterinários e técnicos iniciaram na manhã desta segunda-feira uma investigação epidemiológica sobre a morte do cavalo “Lampião”
A Agência pontuou que objetivo é descartar doenças de notificação obrigatória, que precisam ser investigadas pelo Serviço Veterinário Oficial, executado no Amazonas pela Adaf.
O que dizem os proprietários dos animais?
Cavalos mortos por suspeita de intoxicação foram enterrados no próprio terreno do haras, denunciam donos.
Arquivo pessoal
Os donos de cavalos encontrados mortos em Manaus denunciaram que os animais foram enterrados sem os devidos critérios sanitários no próprio terreno do Haras Nilton Lins, onde viviam. Imagens enviadas ao g1 mostram covas e os animais sendo deixados no local em tratores. Segundo os proprietários, os enterros são irregulares.
O que diz a administração do haras?
Por meio de nota, a Universidade Nilton Lins, responsável pela administração do haras, informou que, ao identificarem os primeiros sintomas, adotaram medidas para proteger os demais animais e controlar a situação.
As medidas, segundo a Nilton Lins, foram:
Isolamento da área afetada: a área identificada como potencial fonte de contaminação foi imediatamente isolada para evitar qualquer propagação.
Atendimento veterinário especializado reforçado: todos os animais estão sob monitoramento contínuo de uma equipe de médicos veterinários altamente qualificados, com suporte de farmacêuticos clínicos.
Desinfecção rigorosa: o local está sendo submetido a um processo minucioso de limpeza e desinfecção.
Troca de insumos alimentares: foi feita a substituição imediata da ração fornecida aos animais, como medida preventiva adicional.
Monitoramento constante: garantimos vigilância 24 horas para acompanhar a saúde dos demais animais.
Polícia investiga morte de nove cavalos em Manaus