19 de setembro de 2024

O que se sabe e o que falta esclarecer sobre o capitão do Corpo de Bombeiros do Paraná preso suspeito de desviar produtos de barracão da Defesa Civil

Oficial prestava serviço à Defesa Civil na recepção e distribuição de donativos às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Tio dele também foi detido, suspeito de atuar na venda dos itens desviados. g1 tenta identificar as defesas deles. Oficial do Corpo de Bombeiros do Paraná é preso suspeito de desviar itens de depósito da D
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu em flagrante um capitão do Corpo de Bombeiros suspeito de desviar itens de um galpão da Defesa Civil do Paraná que concentrava doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
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O homem foi detido em Curitiba, na noite de quarta-feira (29), durante operação da unidade do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Um segundo suspeito também foi preso.
O g1 tenta identificar as defesas deles.
Veja, abaixo, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
Quem são os suspeitos
Quais itens foram desviados?
Como aconteceu a prisão?
Como funcionava o esquema criminoso
O que diz o Corpo de Bombeiros
Segundo o Gaeco, no momento em que o oficial foi abordado ele estava em um carro com os itens
Gaeco/Divulgação
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1. Quem são os suspeitos
Um deles é um capitão do Corpo de Bombeiros que prestava serviço na Coordenadoria Estadual da Defesa Civil há quase dois anos.
O outro, é um tio dele que, segundo as investigações, atuava na venda dos itens desviados.
2. Quais itens foram desviados?
No momento em que o oficial foi abordado, ele estava descarregando fardos de energético e, no local, também foram encontrados roupas, eletrônicos e instrumentos musicais, segundo o MP.
Os itens estavam em um galpão que concentrava doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, onde estavam produtos doados pela Receita Federal para a Defesa Civil.
Ainda não há a confirmação de que todos os itens seriam destinados ao Rio Grande do Sul.
3. Como aconteceu a prisão?
O capitão foi preso no bairro Uberaba, em Curitiba.
“A equipe do Gaeco flagrou o momento em que, após a saída dos recrutas do Exército, o capitão estacionou uma camionete no local que guardava donativos e a carregou com fardos de energético. Ele seguiu, então, com destino à distribuidora de bebidas, onde foi preso quando descarregava os energéticos”, informou o MP.
Um morador da região, que preferiu não se identificar, disse à RPC que viu mais de dez carros da polícia e do Gaeco no local.
“Foi assustador, porque a gente não vê essas coisas na rua. Então eu fiquei surpreso, fiquei assustado porque não é normal isso nessa rua, que é calma, tranquila”, afirmou.
Também foi feita a apreensão de um revólver não regularizado.
4. Como funcionava o esquema criminoso
Segundo o MP-PR, o capitão tinha acesso a um galpão cedido à Defesa Civil em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, e a outro localizado na Vila Guaíra, em Curitiba.
As investigações apontam que ele e o tio estavam comercializando pela internet parte dos produtos desviados.
O capitão deve ser denunciado por peculato, e o tio dele, por receptação.
5. O que diz o Corpo de Bombeiros
Segundo o Corpo de Bombeiros, internamente foram adotados os procedimentos legais previstos no Código Penal Militar.
“Com a situação, o Corpo de Bombeiros abriu investigação, que pode culminar com a expulsão do oficial da corporação. A prática não simboliza o serviço de excelência que os Bombeiros do Paraná prestam à sociedade”, afirma nota oficial.
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