24 de setembro de 2024

O que se sabe e o que falta saber sobre o barco encontrado à deriva com corpos no Pará

Polícia Federal e Ministério Público Federal investigam o caso para tentar identificar nacionalidade das vítimas e causa da morte. Pescadores acharam embarcação em Baía no nordeste paraense. Pescadores registraram corpos dentro de barco.
Reprodução / Redes sociais
Pescadores encontraram corpos dentro de um barco à deriva na Baía do Maiaú, próximo a ilha de Canelas, em Bragança, região nordeste do Pará neste sábado (13). A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam o caso.
Segundo a PF, um dos objetivos da investigação é descobrir a nacionalidade das vítimas. Os corpos estão em estado avançado de decomposição. Até o início da madrugada deste domingo (14), não havia confirmação de quantas vítimas, nacionalidade delas, nem causa da morte.
Pescadores acham corpos em barco no litoral do Pará
Autoridades aguardam o aumento do nível da maré na região para deslocar uma embarcação adequada para remoção do barco com os corpos, o que tem previsão de ocorrer no início da manhã de domingo.
O g1 preparou mostra as principais informações sobre o caso, o que se sabe e o que falta saber:
Quando os corpos foram encontrados?
Como estão as investigações?
Quem são as vítimas?
Qual causa da morte?
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1. Quando os corpos foram encontrados?
Os corpos foram achados por pescadores na manhã de sábado (13). Eles estavam trabalhando quando avistaram a embarcação e se aproximaram. Ao verificarem que havia corpos, avisaram as autoridades.
A embarcação com cerca de 15 metros de cumprimento por 2 de largura estava na Baía do Maiaú, próximo a ilha de Canelas, que fica no mar na região litorânea de Bragança, cidade do nordeste paraense distante cerca de 215 quilômetros da capital Belém.
Região de Bragança: o primeiro ponto, acima, indica a ilha de canelas, próximo de onde o barco com os corpos foi achado; o ponto no meio, o segundo ponto é porto de Tamatateua, onde os corpos serão recebidos e, o último ponto, ao fim da imagem, a área central da cidade de Bragança:
Reprodução/JL2
O local onde o barco está fica distante pelo menos cerca de 20 quilômetros da região central de Bragança, e é acessível apenas com embarcações e depende das condições da maré.
2. Como estão as investigações?
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a nacionalidade das vítimas e as circunstâncias da morte. Uma equipe de papiloscopistas da Polícia Federal de Brasília chegou na noite de sábado a Belém para ir a Bragança trabalhar na identificação das vítimas.
Ainda no início da tarde de sábado, a Defesa Civil municipal, bombeiros, Marinha e Polícia Federal se mobilizaram para a a localidade de Tamatateua, onde fica um trapiche do porto mais próximo do local da embarcação com as vítimas. O Instituto Médico Legal (IML) também foi acionado para atender a ocorrência.
Pescadores encontram corpos em barco à deriva no Pará
A maré dificultou o trabalho de resgate dos corpos na tarde de sábado, pois não foi possível sair com uma embarcação adequada para reboque do barco com as vítimas. A expectativa é que a maré suba para assim, uma embarcação de grande porte ir até o local onde o barco está.
Já o Ministério Público Federal (MPF) abriu duas investigações sobre caso, uma na área criminal e outra civil. As investigações serão realizadas pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para a defesa de direitos humanos.
“A investigação criminal deve focar em eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal de autores. A investigação cível será para questões de interesse público e na proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes”, informou o MPF.
Veja abaixo imagem do rio de acesso ao porto onde está previsto chegar os corpos encontrados. Com a maré baixa, o rio seca, como mostra a imagem:
Rio na margem do porto de Tamatateua vai encher com a maré e assim, será possível resgatar os corpos encontrados em um barco à deriva no Pará
Edenilton Marques/Tv Liberal
Em nota, a Marinha do Brasil (MB) informou que uma equipe de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) foi acionada está apurando os elementos essenciais para abertura de investigação do Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN).
3 – Quem são as vítimas?
Entre os objetivos das investigações está saber quem eram as vítimas “usando protocolos de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI)”, segundo a Polícia Federal no Pará, inclusive saber a nacionalidade. Papiloscopistas da Polícia Federal devem trabalhar na identificação.
Segundo os bombeiros e também a Polícia Federal, apesar de alguns pescadores especularem que seriam pessoas estrangeiras, não é possível afirmar nacionalidade das vítimas, nem quantos corpos há de fato no barco.
4 – Qual causa da morte?
A causa da morte também será investigada: se foi por afogamento, doença, fome ou outro motivo. Também será investigado há quanto tempo teria ocorrido a morte. A remoção do barco com os corpos do local exige atenção das autoridades também por não saberem a causa da morte, além de evitar alterar aspectos que possam auxiliar na perícia e investigação.
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