Conforme atualização do ONS, Lago de Furnas está com nível três metros abaixo que mesmo período do ano passado e Peixoto, quase dois metros. ONS começa manobras para reduzir o escoamento de hidrelétricas
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) iniciou nesta sexta-feira (29), após autorização do Ibama, as manobras para reduzir gradualmente as defluências das hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera. A medida deve beneficiar os lagos de Furnas e Peixotos, no Sul de Minas, a se manterem acima dos níveis considerados mínimos com o fim do período chuvoso.
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Conforme a última atualização do ONS, o Lago de Furnas está hoje com 74,61% do seu volume útil e nível três metros abaixo que o mesmo período do ano passado. Já o Lago de Peixoto, que abastece a Usina Mascarenhas de Moraes, está com 81,94% do seu volume útil e quase dois metros abaixo que o mesmo período do ano passado.
Lago de Furnas está com nível três metros abaixo que mesmo período do ano passado.
Reprodução EPTV
A decisão havia sido em 6 de março pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), quando o colegiado determinou que se iniciasse a coordenação dessas ações. A previsão é de Porto Primavera atingir a vazão mínima próxima de 3.900 m³/s em 03 de abril e Jupiá conforme a vazão incremental entre as usinas.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida tem como objetivo preservar a segurança energética do país, em especial no Sudeste e Centro-Oeste. A medida busca, ainda, manter os usos múltiplos de toda a bacia, incluindo os Lagos de Furnas e Peixoto, no Sul de Minas Gerais
Usina Marechal Mascarenhas de Moraes, em Minas Gerais
Divulgação/ Furnas
“Além de contribuir para garantir segurança eletroenergética do país, a medida tem como objetivo compatibilizar a geração de energia com os demais usos múltiplos das águas. Os lagos de Furnas e Peixoto, por exemplo, servem também à agricultura, à irrigação, à piscicultura e levam desenvolvimento econômico e social à essa importante região mineira, gerando emprego e renda para a população, além, claro, do seu grande potencial para o ecoturismo”, afirmou o ministro, via assessoria de imprensa.
A medida tem o potencial de preservar cerca de 11% de armazenamento na bacia do Paraná até agosto/2024 e cerca de 7% no Sudeste/Centro-Oeste.
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