20 de novembro de 2024

Operação da PF mira quatro desembargadores e dois juízes suspeitos de venda de sentença no Maranhão

Segundo investigação, alvos fraudavam decisões judiciais para desviar dinheiro do Banco do Nordeste. De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de atuar na manipulação de processos do Tribunal de Justiça do Maranhão com o intuito de obter vantagem financeira
Divulgação/Polícia Federal
A Operação 18 minutos, deflagrada nesta quarta (14) pela Polícia Federal, atinge quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão que, segundo a apuração, são suspeitos de fraudar decisões judiciais para desviar recursos, por exemplo, do Banco do Nordeste.
O nome da operação se deu pelo tempo que levou para a decisão, expedição do alvará e saque.
A ofensiva, deflagrada por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) envolve desde o bloqueio de bens até o afastamento de autoridades de cargos públicos, e também atinge advogados e ex-juízes suspeitos de participar do esquema.
Segundo o blog apurou, estão entre os alvos da operação:
Desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa (cunhada do ex-presidente José Sarney)
Desembargador Marcelino Everton Chaves
Desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho
Desembargador Antônio Pacheco Guerreiro Júnior
Juíza Alice de Sousa Rocha
Juiz Cristiano Simas de Sousa
Ex-Juiz Sidney Cardoso Ramos, entre outros.
A PF aponta a existência de uma organização criminosa, dividida em três núcleos, mesclando ex-servidores do Banco, advogados e magistrados.
Em uma das decisões judiciais do TJ do Maranhão que é impugnada, os alvos teriam agido para desviar R$14 milhões.
O blog procurou o Tribunal de Justiça do Maranhão, que não se posicionou até a publicação desta matéria. Além disso, está em contato com os envolvidos citados na operação.

Mais Notícias