25 de dezembro de 2024

Operação da PF prende homem suspeito de armazenar e compartilhar cenas de abuso sexual infantojuvenil em Sorocaba


Prisão faz parte da operação “Lobo Mau”, que visa desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil. Em Sorocaba (SP), o suspeito morava com a esposa e dois filhos. Homem de 45 anos foi preso em flagrante durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em Sorocaba (SP)
Polícia Federal/Divulgação
Um homem de 45 anos foi preso em flagrante suspeito de armazenar e compartilhar arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil. A prisão faz parte da Operação “Lobo Mau”, feita pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (31), na Vila Amato, em Sorocaba (SP).
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A operação visa desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil. A força-tarefa tem apoio de instituições internacionais e da Embaixada dos Estados Unidos.
De acordo com a PF, na residência do suspeito, foram encontrados diversos arquivos de abuso sexual contra crianças e adolescentes no computador do homem. A polícia apreendeu um HD e um celular, que passarão por perícia.
Segundo a polícia, o suspeito morava com a esposa e dois filhos, de dez anos. Ele confessou os crimes.
O investigado poderá responder pelos crimes de posse e compartilhamento de arquivos com conteúdo imagens de abuso e exploração sexual infanto-juvenil, conforme os artigos 241-A e 241-B, do Estatuto da Criança e do Adolescente, cujas penas mínimas somam quatro anos de reclusão.
Operação nacional
As outras prisões foram em flagrante durante buscas e apreensões nos 94 locais, nos estados do Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Neste último, as detenções foram feitas nas cidades de São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Jacareí, São Sebastião da Grama, Campinas, Itanhaém e Sorocaba.
Conforme a investigação, um número expressivo de criminosos entram em contato com crianças e adolescentes por meio de plataformas digitais para induzi-los a produzir conteúdo de nudez e até mesmo de sexo.
Policiais apreenderam dispositivos eletrônicos utilizados para a produção e armazenamento de conteúdo sexual com menores.
Pendrives apreendidos em operação para combater crimes de abuso sexual infantil em 20 estados e no Distrito Federal
Arquivo pessoal
A ação é realizada por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao Ministério Público, e policiais civis do Deinter 5, em São José do Rio Preto.
No noroeste paulista, policiais fizeram buscas em São José do Rio Preto (cinco mandados), resultando em três prisões. Também houve buscas em José Bonifácio, Catanduva e Mirassol.
Policiais civis de SP durante operação Lobo Mau, contra produção, armazenamento e compartilhamento de conteúdo de abuso sexual infantil
Polícia Civil/Divulgação
No Piauí, agentes foram em duas cidades. Em Alvorada do Gurguéia, um homem foi preso em flagrante. Já em Teresina, objetos foram apreendidos e serão analisados pela perícia.
A operação mobilizou equipes da Polícia Civil e do Ministério Público do Acre, da Bahia, do Distrito Federal, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, da Paraíba, do Paraná, de Pernambuco, do Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, de Rondônia, do Rio Grande do Sul e de Sergipe.
A Polícia Militar dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso também ajudaram durante as ações.
Força-tarefa da operação Lobo Mau durante ação no Mato Grosso
Polícia Civil/Divulgação
Esquema do grupo
O Ministério Público informou que o material produzido é distribuído em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp. Conforme o MP, até jogos muito usados por crianças, como o Roblox, são utilizados na abordagem ao menores para a exploração sexual.
O nome da operação “Lobo Mau” refere-se justamente ao criminoso que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se vêem, informou o Ministério Público.
Polícia Militar dá apoio à operação que combate abuso sexual infantil em Rio Preto (SP)
João Serantoni/TV TEM
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