Policiais cumprem mandados em Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão. Câmara de Guarujá (SP) é alvo de mandado de busca e apreensão
Thais Rozo/TV Tribuna
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, deflagrou a Operação Hereditas nesta terça-feira (1), em conjunto com as Polícias Civil e Militar, na capital paulista e em cinco cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo. O objetivo é cumprir mandados de busca e apreensão relacionados a uma investigação sobre fraudes em procedimentos licitatórios. Três vereadores e um candidato a prefeito em Guarujá são investigados.
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A operação é fruto de uma investigação integrada do Ministério Público e da Polícia Civil, que detectou indícios de fraudes em procedimentos licitatórios relacionados à Câmara Municipal e à Prefeitura de Guarujá. Também é investigado um possível favorecimento de agentes públicos com o recebimento de propinas para viabilizar as fraudes.
Uma das empresas beneficiadas com as fraudes pertencia a um líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Cristiano Lopes Costa, conhecido como ‘Meia Folha’. Ele foi assassinado a tiros em março deste ano enquanto estava em frente a um carrinho de lanches em Guarujá.
Ao todo, são 26 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos. A maioria deles, 19 ao todo, são de endereços em Guarujá, como da Câmara Municipal e de uma emissora de televisão da cidade. Isso porque três vereadores são investigados, bem como o candidato a prefeito Claudio Fernando Aguiar (NOVO) que é SEO do Sistema ISTV.
Os policiais ainda cumprem dois mandados em Santos, dois em São Vicente, um em Cubatão, um em Praia Grande e outro na capital paulista.
Polícia Civil cumpriu mandados na emissora ISTV, em Guarujá (SP)
Thais Rozo/TV Tribuna
A operação conta com 15 integrantes do Ministério Público, 76 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque e 50 policiais civis da Delegacia Seccional de Praia Grande e do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou a realização da Operação Hereditas e informou que foram apreendidos diversos celulares, documentos, computadores, HDs e quantias em dinheiro, que serão analisados como parte das investigações.
Por conta da investigação do candidato a prefeito, o Partido Novo disse, por meio de nota, que toda investigação é legítima, especialmente quando há suspeitas de fraude.
Partido
“No entanto, é fundamental lembrar que ser investigado não significa ser culpado. A perseguição política, por sua vez, é inaceitável. Em períodos eleitorais, é evidente que investigações com motivações questionáveis podem ter o propósito de prejudicar a imagem de candidatos. Independentemente de quem seja, qualquer crime deve ser punido conforme a lei. Entretanto, uma vez que a reputação de uma pessoa inocente é manchada, torna-se extremamente difícil restaurar plenamente sua imagem perante a sociedade”, disse o partido, em nota.
O partido ainda informou que está acompanhando as apurações dos fatos.
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