21 de outubro de 2024

Operação Jogo Sujo II: prazo de prisão temporária expira e influenciadores são postos em liberdade, em Teresina

Conforme o delegado Humberto Mácola, dois dos influenciadores presos colaboraram com a investigação fornecendo informações, mas os outros seis permaneceram em silêncio. Operação Jogo Sujo 2: sete influenciadores ainda estão presos
O prazo das prisões temporárias de seis influenciadores que foram presos na segunda fase da Operação Jogo Sujo se encerrou nesta sexta-feira (18), e eles foram postos em liberdade.
Foram postos em liberdade:
Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho);
Marta Evelin Lima de Sousa (Yrla Lima);
Letícia Ellen Negreiro de Abreu
Milena Pâmela Oliveira Silva
Diogo Macedo Basílio (Diogo Xenon)
Douglas Guimarães Pereira Neves
Conforme o delegado Humberto Mácola, dois dos influenciadores presos, Brenda Raquel e Robin da Carne, colaboraram com a investigação fornecendo informações, mas os outros cinco permaneceram em silêncio. Por isso tiveram a prisão temporária prorrogada em mais cinco dias, que encerrou nesta sexta.
Ainda segundo o delegado, mesmo sem a colaboração dos investigados, a investigação conseguiu novos elementos e deve avançar.
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“Uma das intenções da prisão temporária é trazer elementos imprescindíveis. Nós chegamos até certo ponto da investigação e a partir dali representamos pelas prisões, que foram decretadas. Trouxemos esses novos elementos para a investigação, e ela continua. A investigação se desenvolveu, evoluiu”, comentou o delegado Humberto Mácola.
Prisão prorrogada
Os influenciadores foram presos em cumprimento a um decreto de prisão temporária de cinco dias no dia 8 de outubro. Depois, a Justiça do Piauí prorrogou as prisões por mais cinco dias.
Na decisão, o juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, afirmou que a prorrogação solicitada pela Polícia Civil do Piauí (PCPI) se faz necessária devido à “falta de colaboração” dos influenciadores com as investigações.
“A prorrogação da prisão temporária dos investigados revela-se indispensável também pela falta de colaboração destes com as investigações. Até o presente momento, os suspeitos não forneceram informações que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos, adotando uma postura que dificulta o avanço das apurações”, escreveu o juiz.
Dois influenciadores colaboraram
Operação Jogo Sujo II: prazo de prisão temporária expira e influenciadores são postos em liberdade, em Teresina
Reprodução
A influenciadora Brenda Raquel Barbosa Ferreira foi solta nesta quarta-feira (16), conforme o delegado Humberto Mácola. Segundo ele, mesmo após ironizar a prisão ocorrida em 9 de setembro (assista ao vídeo), pela Operação Jogo Sujo II, ela se mostrou arrependida, assumiu as práticas criminosas e colaborou com as investigações.
Conforme o delegado, ela prestou depoimento acompanhada do advogado e foi solta. Não foram impostas restrições a ela, segundo Mácola. O perfil na rede social usado para a prática dos crimes foi derrubado pela Justiça.
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O influenciador Antônio Robson da Silva Pontes, o Robin da Carne, foi solto na terça-feira (15), menos de 24 horas depois se apresentar à polícia na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Tanto ele quanto Brenda continuam respondendo, agora em liberdade, pelos crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor ao erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
“Ao contrário de quando foi presa, mostrou-se arrependida e detalhou vários aspectos relevantes a investigação, assumindo sua participação e indicando vários fatos novos que irão colaborar com o avanço da investigação. Todos os bens seguem apreendidos”, informou.
Operação Jogo Sujo II
Operação Jogo Sujo II: influenciadores são presos suspeitos de divulgar jogos de azar
No dia 9 de outubro de 2024, a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Jogo Sujo, que visa reprimir a divulgação de jogos de azar ilegais na internet.
A Justiça entendeu que os influenciadores, por meio de publicidade enganosa, levaram os usuários que seguem seus perfis nas redes sociais a desenvolver uma dependência pelos jogos de azar, impulsionados por uma falsa expectativa de enriquecimento rápido.
Oito pessoas foram presas quando a operação foi deflagrada: seis delas em cumprimento a mandados de prisão por crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor a erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os outros dois foram presos em flagrante. Sete foram presos em Teresina e um em um hotel de São Paulo.
Entre presos e alvos de busca, os investigados tiveram bens como dinheiro e veículos apreendidos. Além dos influenciadores presos temporariamente, o g1 confirmou que tiveram mandados cumpridos pela operação:
Antônio Robson da Silva Pontes (Robin da Carne) (foragido)
Raimundo Alves Torres (Cabo Jairo) (bens apreendidos)
Avelar dos Reis Mota (Sargento Mota) (busca na casa)
Maria Geiciely Viana Silva (Babados Teresina) (buscas na casa)
Jefferson Vitor Lemos Vieira (Teresina Fofoqueira) (buscas na casa)
Matheusinho;
Matheus Guerra da Silva;
João Vaz Neto;
Yasmin Sales Costa;
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), os influenciadores digitais foram investigados pelos crimes de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor ao erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O delegado Alisson Landim, que presidiu a investigação, nas divulgações das plataformas de jogos, são usados métodos de enganar as pessoas, como vídeos de falsos ganhadores e de apostas vitoriosas falsas.
Por já possuírem um número elevado de seguidores nas redes sociais, esses influenciadores investigados foram agenciados pelas plataformas de apostas, que ofereciam o trabalho de divulgação, como fazem marcas comuns.
Durante a ação, a SSP-PI cumpriu oito mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão nas cidades de Teresina, Timon (MA) e Caxias (MA). Os policiais apreenderam ainda armas de fogo, joias e carros de luxo, além de dinheiro vivo. A quantia em dinheiro apreendida com todos os investigados soma R$ 500 mil.
O delegado Humberto Mácola explicou que os investigados tinham outras atividades e fontes de renda, mas são incompatíveis com o patrimônio deles: carros caros, joias e casas luxuosas.
“Apesar de popular, destrói famílias, coloca pessoas diante da morte, do suicídio, pessoas venderam coisas, casas, objetos, para continuar esse jogo ilegal. Por mais que pareça uma coisa pequena, está sendo maléfica à sociedade piauiense, brasileira”, comentou o delegado.
A operação foi deflagrada pela Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) e teve apoio da Superintendência de Operações Integradas (SOI), Força Estadual Integrada de Segurança Pública (Feisp) e Polícia Militar do Piauí (PMPI).
Leia abaixo a nota da Polícia Militar sobre a prisão dos dois policiais:
Nota à Imprensa
A Polícia Militar do Piauí informa que, na manhã desta quarta-feira (09), durante a Operação Jogo Sujo II, conduzida pela Polícia Civil do Piauí com apoio da Policia Militar, cinco influenciadores digitais foram presos e mandados de busca e apreensão foram realizados nos domicílios de dois policiais militares da PMPI.
Todo o processo com relação aos policiais militares alvos da ação, estão sendo acompanhados pela Corregedoria da Polícia Militar do Piauí, que segue adotando as devidas providências garantindo a transparência e legalidade das ações conjuntas.
A PMPI reafirma seu compromisso com a ética, transparência, cumprimento as leis, com justiça e a defesa da sociedade piauiense.
Teresina, 09 de Outubro de 2024
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