19 de setembro de 2024

Operação Pix: MP investiga cobrança de propina para poda e corte de árvores no Paraná

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (19). Em nota, Prefeitura de Maringá afirma que abriu sindicância em agosto e servidores investigados foram afastados. MP investiga cobrança de propina para poda e corte de árvores no PR
O Ministério Público (MP) do Paraná deflagrou na manhã desta quinta-feira (19) a Operação Pix, para investigar servidores municipais que estariam cobrando propina para realizar os serviços de poda e corte de árvores em Maringá, no norte do Paraná.
Em nota, a Prefeitura de Maringá afirma que uma sindicância foi instaurada para apurar o caso em agosto e os servidores investigados foram imediatamente afastados.
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Segundo o MP, nesta quinta o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu oito mandados de busca e apreensão.
De acordo com o órgão, servidores públicos municipais cobravam propina dos moradores para realizar serviço de cortes, podas e remoções de árvores na cidade. O dinheiro era transferido via pix – o que deu nome para a operação.
É investigada a prática de possíveis crimes de corrupção e concussão e crimes ambientais, além de atos de improbidade administrativa.
Para o MP, os investigados desrespeitavam a ordem de realização do serviço, utilizando veículos e maquinários da Prefeitura para realizar os serviços, que muitas vezes eram realizados sem o laudo dos engenheiros responsáveis pelas autorizações de poda e corte.
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Como funciona o serviço
Em Maringá, o serviço de arborização é realizado sem a cobrança de taxas. Porém, a investigação aponta que a cobrança dos valores funcionava como uma forma de “furar” a fila.
De acordo com o portal da transparência, até a manhã desta quinta-feira, Maringá possui 5.205 solicitações de serviços de poda ou corte de árvore.
Os protocolos são classificados em quatro categorias: emergência, urgência, pouco urgente e não urgente. Do total de pedidos registrados, 2.356 estão classificados como urgentes.
GAECO cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços de Maringá, no Paraná
Divulgação/MPPR
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