22 de fevereiro de 2025

Organização criminosa especializada em fraudes fiscais e lavagem de bens tinha sede em Sorocaba, aponta MP


Segundo o MP de Alagoas, os criminosos que organizaram o esquema no interior de SP abriam empresas no estado de Alagoas e usavam as empresas para emitir notas fiscais falsas. Operação contra fraude fiscal e sonegação foi realizada em cidades do interior de SP nesta terça-feira (11)
Divulgação
A organização criminosa suspeita de emitir de mais de 3 mil notas fiscais falsas e que era especializada em fraudes fiscais e lavagem de bens nos setores químico e de plástico tinha sede em Sorocaba (SP), segundo o Ministério Público de Alagoas.
📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp
Segundo o promotor de Justiça de Alagoas, Cyro Blatter, a empresa era verdadeira, mas a nota fiscal era “ideologicamente falsa”.
“Colocavam-se dados inexistentes nela [nota fiscal]. As empresas emitiam notas fiscais como se tivessem vendendo produtos para empresas daqui. Essas empresas se creditavam. Ou seja, aquilo que supostamente teriam pago de imposto lá se creditavam aqui e pagavam menos imposto em São Paulo”, informou.
Equipes do MP e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram, na terça-feira (11), 11 mandados de busca e apreensão em cidades do interior de São Paulo.
Conforme apurado pela TV TEM, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos, documentos e quatro veículos. Todos os materiais passarão por perícia.
De acordo com o promotor de Justiça de Alagoas, Anderson Cláudio Barbosa, a atitude criminosa gerava prejuízo para os cofres públicos do estado de São Paulo.
“Foi detectado lá [em Alagoas] que empresários do estado de São Paulo determinaram a abertura de empresas lá no estado de Alagoas, empresas noteiras, e essas empresas emitiam notas fiscais fictícias e que geravam para o estado de São Paulo um prejuízo enorme”, explica.
Os promotores não divulgaram os nomes das pessoas e das empresas investigadas, mas informaram que são empresas dos ramos de produtos químicos e fabricação de plásticos.
MP e Gaeco cumprem mandados de busca e apreensão durante operação no interior de SP
Operação Argus
A ação faz parte da Operação Argus, que investiga desde 2021 uma organização criminosa suspeita de emitir de mais de 3 mil notas fiscais falsas, a partir de empresas de fachada localizadas no Alagoas. Segundo o MP, o prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 150 milhões.
LEIA TAMBÉM
Grupo que emitiu mais de 3 mil notas fiscais falsas em Alagoas
Empresário preso suspeito de ser operador financeiro do PCC teve nome e imóvel ligados a outras operações policiais envolvendo a facção
MPT investiga denúncias de ‘farra do ponto’ e assédio moral em escola municipal de Sorocaba
A 17ª Vara Criminal de Maceió expediu 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Sorocaba, Leme, Hortolândia, Cerquilho, Santo André, Porto Feliz e São Roque. Nessa fase da operação, os ministérios públicos investigaram 30 pessoas físicas e 42 empresas em todo país.
Participaram da operação agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) Alagoas e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas São Paulo.
Organização criminosa teria emitido mais de 3 mil notas fiscais falsas, a partir de empresas de fachadas com sede em Alagoas
Divulgação/MP-AL
Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

Mais Notícias