16 de novembro de 2024

Orlando Fuzinelli, destaque da arte primitivista, morre aos 76 em Rio Preto


Ao longo da carreira, artista autodidata ganhou prêmios e participou de mostras pelo Brasil; ele estava internado por complicações decorrentes do Parkinson. Orlando Fuzinelli e um dos seus quadros de arte primitivista (naïf), da qual era referência: artista morreu aos 76 anos em Rio Preto
Arquivo pessoal
O artista plástico Orlando Fuzinelli, importante nome da arte primitivista (naïf) em São José do Rio Preto (SP), morreu nesta segunda-feira (11). Ele tinha 76 anos e estava internado no Hospital Austa, devido a complicações decorrentes da doença de Parkinson.
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O velório é realizado no Cemitério Jardim da Paz. O sepultamento está marcado para as 17h30.
Fuzinelli começou a desenhar ainda criança com carvão, na fazenda em que morava, no município de Jurupema, região de Taquaritinga.
A partir de 1976, mudou-se para Rio Preto e começou a mostrar seus trabalhos no salão de inverno da cidade.
Conquistou prêmios no Festival do Folclore de Olímpia e no Salão de Artes Plásticas Contemporâneas de Presidente Prudente. Integrou diversas edições da Bienal Naïfs Brasil, realizada pelo Sesc.
Suas obras estão em museus e galerias da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Portugal, entre outros lugares, de acordo com a Secretaria de Cultura de Rio Preto. Em 2012, participou da reinauguração do Museu de Arte Primitivista José Antonio da Silva, que expõe suas obras, no município.
O artista, que trabalhou como funcionário público, era um autodidata experimentando vários materiais para pintar os quadros: bisnagas de látex, tinta de tecido, tinta acrílica.
Reclamava que o solvente da tinta a óleo causava enjoos, como destaca o artista e curador Oscar D’Ambrosio, de São Paulo, que considera Fuzinelli alguém com a capacidade de captar e transmitir a alegria da vida.
Sua marca registrada eram as figuras de três cachorros, dois pretos e um branco, presentes em todas as telas.
O cotidiano, especialmente registrado no noticiário, era a fonte de inspiração do artista. “Conhecer bem a história brasileira, seu folclore, ditados populares e costumes também é importante”, declarou certa vez, em conversa com o curador.
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