Um dos motivos, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, é porque a estação fica ao lado de uma avenida movimentada da cidade. Osasco registro a pior qualidade do ar neste sexta
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A medição diária feita pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostrou que Osasco atingiu nesta sexta-feira (16) o pior nível de qualidade do ar na Grande São Paulo. Apenas Cubatão, na Baixada Santista, chegou ao mesmo índice — muito ruim — de poluição no estado.
A sexta foi um dia de calor e com céu com densa camada de poluição em toda a região. O SP2 esteve na cidade e verificou o ar seco, principalmente em regiões com trânsito.
No Centro, a sensação, segundo o relato, era de poeira entrando nas narinas e na boca. Alguns moradores usavam máscara para se proteger.
“Ajuda quem tem rinite e outras ‘ites’. Está horrível, aqui e toda região está muito seca”, disse a aposentada Mirim Arce.
O pneumologista André Nathan reforça que a baixa qualidade do ar pode provocar graves problemas de saúde.
“Essa poluição que a gente inala vai entrar pelas nossas vias aéreas e pode chegar até aos nossos alvéolos. Isso causa uma inflamação, essa inflamação no nosso pulmão causa falta de ar, pode causar tosse, uma crise de broncoespasmo, a crise de chiado. E pode também fazer esse processo inflamatório, causar alterações até cardiovasculares. Então, com aumento do risco, você [pode] ter uma arritmia e até infarto”, alerta.
A gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, Maria Lúcia Guardani, explicou que um dos motivos para a medição é o fato de a estação estar instalada ao lado de uma avenida movimentada de Osasco.
“Quando a gente se afasta da estação o ar já se dilui, então sai de uma condição ‘muito ruim’ para uma condição talvez ‘ruim’. Isso indica que a cidade de Osasco toda não está respirando esse ar que a nossa estação está respirando.”
As estações à beira de avenidas, ruas, vias bastante movimentadas são importantes para calcular a poluição causada pelos veículos. A estação de Osasco está instalada desde 1980, e isso ajuda a ver o histórico.
Em 1986, o índice de poluição estava bem alto, era de 93 µg/m³ (quantidade de material particulado por metro cúbico). Em 2021, caiu para 27 µg/m³.