Na quarta (13), Francisco Wanderley Luiz duas explosões, ocorreram em frente ao STF, em Brasília. O autor do ataque foi , que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 pelo Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Ele morreu. Vídeo mostra momento das explosões em frente ao STF
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta sexta-feira (15) que o atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) “enfraquece qualquer tentativa de passar pano” – uma possível anistia para os golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“(Após o ataque) A discussão da anistia enfraquece muito. Já tinha um debate no Congresso Nacional, já vínhamos reforçando a importância do sistema brasileiro de apurar e punir no devido processo legal. A gente não pode permitir essa escalada da violência (no país). Acho que enfraquece qualquer tentativa de passar pano e não punir quem comete crimes contra a democracia”, disse Padilha.
Padilha deu as declarações durante uma passagem pelo G20 Social, no Rio de Janeiro. A cidade sedia até terça-feira (19) o encontro do grupo, o Brasil está com a presidência rotativa do G20 em 2024.
Na noite da última quarta (13), duas explosões, em um intervalo de cerca de 20 segundos, ocorreram perto do STF, em Brasília. O autor do ataque foi Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 pelo Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Ele morreu.
Segundo Padilha, é preciso que pessoas que planejaram, articularam e executaram o 8 de janeiro sejam punidas severamente.
“Precisamos dar toda autonomia aos órgãos de apuração e que a justiça brasileira puna os responsáveis por isso. Não tem como ver esses fatos sem lembrar o que foi 8 de janeiro. Os crimes preparatórios de 8 de janeiro. Por isso é importante a apuração e a punição devida de todos aqueles que cometeram os crimes preparatórios e o próprio ato”, afirmou o ministro.
Padilha participou da entrega de um evento, no Armazém Cobra, no Boulevard Olímpico, da entrega de uma carta — feita por um grupo de gigantes empresas públicas e sociedades de economia mistas brasileiras — à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Público, Esther Dweck, uma carta contendo 32 propostas de contribuições relacionadas à transição energética, à reforma da governança global e ao combate à pobreza e à fome.
“Esse evento, esse território de paz, civilidade no debate, discrutir as diferenças de forma civilizada, é um contraponto a cultura do ódio, incitação à violência, que leva pessoas a cometerem crimes – inclusive perdendo sua própria vida – contra a democracia como vimos nessa semana no Brasil”, disse o ministro que completou:
“É eventos assim que a sociedade brasileira quer. A sociedade brasileira quer que possamos conviver, debater, ver divergências ter ideias diferentes em um ambiente de paz. Aqui são 20 nações do mundo, várias línguas, trabalhadores, empresários, ativistas , discutindo temias importantes para o mundo, sem violência, sem incitação ao ódio, sem crimes, diferente ao discurso de ódio que vimos nessa semana no STF”.