Fábio Mendes de Oliveira foi acusado de tortura e homicídio qualificado. Ele deverá pagar indenização de R$ 50 mil. Padrasto acusado de torturar e matar menino jogado com força contra colchão é condenado
O padrasto do menino Deryck Luca Silva Braga, de 2 anos, que morreu após ser jogado com força contra o colchão, foi condenado a 25 anos de prisão por torturá-lo e matá-lo, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás.. A mãe da criança, Letícia Silva da Conceição, foi acusada de omissão diante das agressões contra a criança, mas foi absolvida.
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Cabe recurso da decisão. No entanto, a defesa de Fábio Mendes de Oliveira informou que “a decisão dos jurados é soberana e não haverá recurso”. No julgamento, o réu informou que é inocente e que não queria causar a morte do menino.
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Conforme a decisão, o padrasto deverá pagar uma indenização no valor de R$ 50 mil por danos morais aos pais da criança. Ao g1, a advogada da mãe do menino, Mara da Silva, disse que ela não praticou atos de violência contra o filho – leia nota na íntegra no final do texto.
Fábio Mendes foi condenado pela morte do enteado, em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Relembre o caso
O delegado Adelson Candeo explicou que o crime aconteceu após o padrasto, Fábio Mendes de Oliveira, tentar dormir, mas não conseguir porque o enteado estava chorando com medo dele. Fábio estava casado com a mãe da criança, Letícia Silva da Conceição, há três meses.
No dia 20 de novembro, segundo a polícia, Fábio pegou Deryck e o jogou com força contra o colchão, causando lesões. Ele foi preso.
“Quando ele caiu, essa parte aqui [mostrando a coluna do menino] foi muito forte. Eu admito que foi forte, já na primeira vez. Quando ele se levantou, foi mais forte ainda. Eu me extrapolei. Ele bateu o pescoço e começou a ficar sem ar”, contou o padrasto na época.
Deryck Luca Silva Braga foi morto pelo padrasto após ter corpo jogado no colchão, em Rio Verde, Goiás
Reprodução/Facebook
O menino chegou a ser internado, mas morreu. A polícia apontou que as agressões aconteciam há mais tempo, com machucados antigos em diversas partes do corpo já cicatrizados.
Diversas testemunhas contaram à polícia que avisaram à mãe sobre as agressões de Fábio contra Deryck, mas nada foi feito. “A babá contou que o menino via o Fábio e segurava nas pernas dela. No dia do crime, o Deryck acordou, não viu a mãe no quarto, apenas o padrasto, de quem tinha medo, e começou a chorar. Sem conseguir dormir, Fábio o jogou contra o colchão”, explicou o delegado.
A mãe disse à polícia que sabia das agressões sofridas pelo filho, mas alegou que não fez nenhuma denúncia ou tentou impedir por medo do companheiro.
Nota da defesa de Letícia Silva da Conceição:
A Leticia sempre negou o cometimento de quaisquer crimes contra seu filho e colaborou com a investigação do início ao fim apresentando-se a todos os atos que fora intimada.
Ao final o plenário do júri absolveu a mesma do crime a ela imputado, assim a defesa conseguiu demonstrar que a mãe jamais praticou atos de violência contra seu filho.
Inclusive, sendo indenizada no montante de R$ 50.000,0
Fábio Mendes e Letícia Silva da Conceição durante julgamento, em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
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