25 de setembro de 2024

Padrasto e mãe de bebê morta asfixiada no litoral de SP são condenados a 27 anos de prisão

Homem matou a criança em uma área rural de Peruíbe, no litoral de São Paulo, e fingiu que bebê havia engasgado. Casal passou por júri popular mais de dois anos após o crime. Caso ocorreu em uma área rural de Peruíbe (SP)
Reprodução
O homem suspeito de matar asfixiada a enteada de um ano em Peruíbe, no litoral de São Paulo, foi condenado a 27 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Segundo apurado pelo g1, o suspeito passou por júri popular ao lado da mãe da criança, que recebeu a mesma pena.
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De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a mãe deixou a menina aos cuidados do companheiro, que asfixiou a criança na presença do irmão mais velho em dezembro de 2021. Após o crime, o homem foi até uma unidade de saúde alegando que o bebê havia se engasgado.
Segundo o TJ-SP, o Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime de homicídio. Desta forma, o juiz Guilherme Pinho Ribeiro, que presidiu o júri na quarta (17) e quinta-feira (18), informou que foram reconhecidas quatro qualificadoras: feminicídio; utilização de meio que dificultou a defesa da vítima; emprego de asfixia e tortura; e vítima menor de14 anos.
Ainda na decisão, o magistrado ressaltou o fato de o homem ter fingido um acidente. “Buscando se escusar da responsabilidade penal, saiu com a criança em seus braços, simulando um acidente envolvendo engasgamento por alimentos”.
O juiz ainda informou que a mãe tem participação no homicídio, pois “saiu de casa, fingindo aos vizinhos que buscava emprego e alimentos, enquanto sua filha jazia, muito provavelmente, morta”.
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Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 21 de dezembro de 2021, em uma residência na Rua da Lontra, no bairro Bananal, em uma área rural de Peruíbe. O padrasto, que tinha 24 anos na época, trabalhava como ajudante de pedreiro e ficou em casa com a criança enquanto a mãe saiu.
Após o crime, o homem correu por 2 km com a criança até a casa de conhecidos. Os vizinhos tentaram reanimar a criança, mas não conseguiram e acionaram o resgate. No entanto, ninguém conseguiu por falta de sinal.
Eles levaram a bebê até a Unidade Básica de Saúde do bairro Vila Peruíbe, de carro, em um percurso de 8 km. Na UBS, o Samu pegou a menina e encaminhou para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade.
No local, os médicos constaram que a criança tinha vários hematomas pelo corpo, principalmente nas costas. Por isso, a polícia foi acionada e encontrou o padrasto da criança. Ele alegou que a menina se engasgou e caiu da cama.
O homem e a mãe da menina foram levados ao 1º DP para prestar esclarecimentos. O padrasto negou ter agredido a criança, e reafirmou que ela teria se machucado ao cair da cama. Já a mãe afirmou que as lesões ocorreram há alguns dias, quando a criança caiu do carrinho de bebê.
A médica que atendeu o bebê também foi ouvida, e informou à polícia que as lesões constatadas eram recentes e graves, incompatíveis com quedas de berços ou camas. Na ocasião, o ajudante de pedreiro foi preso em flagrante.
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