18 de outubro de 2024

Padre é condenado a mais de 40 anos de prisão por assédio sexual contra mulheres

Abusos aconteceram em Santa Luiza, na Grande BH. José Carlos Pereira é também dono de dois colégios e de uma faculdade na cidade. Padre é condenado a mais de 40 anos de prisão por assédio sexual contra mulheres
Reprodução/TV Globo
O padre José Carlos Pereira, acusado de abusar sexualmente de mulheres em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi condenado a 43 anos de prisão.
Dono de dois colégios e uma faculdade, em 2021, o padre foi acusado de importunação sexual e assédio a, pelo menos, onze mulheres que trabalhavam nas instituições de ensino.
Segundo uma das vítimas, José Carlos chegou a beijá-la à força. Uma outra disse disse que o religioso sempre se aproximava às sextas-feiras com alguma forma de abuso.
Padre é condenado a 43 anos de prisão
Desde o início das investigações, o padre está afastado das funções religiosas. Na época, a Arquidiocese de Belo Horizonte informou que, “assim que tomou conhecimento das denúncias, procurou agir com rapidez, mas com prudência, se inteirando do processo, em diálogo com as instâncias oficiais, o que exige respeito a prazos de instituições e agentes do direito”.
O g1 não conseguiu contato com a defesa de José Carlos Pereira.
RELEMBRE O CASO:
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Denúncias
Mulheres que denunciam padre por importunação e assédio sexual prestam depoimento
Em novembro de 2021, o g1 Minas mostrou que 11 mulheres denunciaram o padre José Carlos Pereira, por importunação e assédio sexual, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma das vítimas disse que o religioso sempre se aproximava às sextas-feiras com alguma forma de assédio ou importunação.
À época, a TV Globo ouviu uma mulher, que contou que começou a ser assediada no início da adolescência.
“Quando eu tinha por volta de 12, 13 anos, eu trabalhava na casa paroquial. E ele na época ainda não era padre. E ele chegava perto da gente, ficava abraçando, escorregava a mão pelo seio. E muitas vezes, eu tirava a mão dele. Mas depois, eu comecei a achar estranho. No início, eu achava que era acidente. Depois, eu comecei a ficar desconfortável e, por fim, eu comecei a segurar a mão dele. Eu trabalhei na casa paroquial por uns três meses e saí de lá”, relatou.
Uma outra vítima, que também prestou queixa contra o padre, contou que está sendo difícil reviver o trauma, que marcou para sempre sua vida.
“A gente frequentou a igreja a vida inteira. E ele, com o tempo, mesmo a gente mais nova, ele tinha a mania de sempre sentar a gente no colo, ficar fazendo carinho. A mão deslizava pra onde não devia. Isso era um abuso. Só que as pessoas têm medo de denunciar, de falar alguma coisa, até de morrer”, contou.
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