Eloi Richarti diz estar muito emocionado com o nascimento das filhas, que foram tão esperadas pelo casal. Bebês e mãe estão internadas em hospital de São José do Rio Preto (SP). Viviane e Eloi Richarti, pais das quadrigêmeas, com o ginecologista Carlos Eduardo Ferreira, em São José do Rio Preto (SP)
HCM/Divulgação
O pai das quadrigêmeas que nasceram no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP) está ansioso e esperançoso com a recuperação delas. As meninas nasceram nesta segunda-feira (10) e estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da instituição.
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Em entrevista ao g1, Eloi Richarti, de 42 anos, disse estar muito emocionado e preocupado com a evolução do quadro de saúde da esposa, Viviane Papani, de 38 anos, e, principalmente, das crianças, que nasceram muito pequenas, com 33 e 36 centímetros, e pesando entre 500 e 900 gramas.
“A expectativa é que elas possam ser liberadas o quanto antes. A gente sabe que tem um período agora que se faz necessário, que elas vão ter que ficar internadas sob o cuidado do hospital”, explica.
Exame de Viviane Papani, que comprovou que a gestação era de quadrigêmeos em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo pessoal
Fertilização in vitro
Viviane e Eloi estão casados há três anos e moram em Olímpia (SP). Após a troca das alianças, eles fizeram várias tentativas para que ela engravidasse de forma natural, mas não obtiveram sucesso. Lavínia, Laura, Helena e Heloísa são frutos de uma gestação que se desenvolveu por meio de fertilização in vitro.
Casal durante revelação do sexo das quadrigêmeas em Olímpia (SP)
Arquivo pessoal
Depois de vários exames, os médicos não conseguiram identificar nenhum problema que justificasse a situação. Em agosto, eles iniciaram o tratamento de forma artificial e, em dezembro, foi feita a fertilização.
Dois embriões foram implantados e, para a felicidade dos pais, foram fecundados. A notícia inicial de que seriam gêmeas se transformou quando os exames revelaram que uma delas havia se dividido em mais duas, dando origem a três gêmeas univitelinas (idênticas) e mais uma irmã de óvulo diferente.
Chá revelação feito por Viviane Papani e esposo Eloi Richarti em Olímpia
Gestação tranquila
O casal, que sonhava com pelo menos um bebê, teve o pedido atendido em dose quadriplicada. Eloi conta que, após a boa notícia, Viviane teve uma gestação tranquila.
“A Vivi pôde trabalhar até o quinto mês de gestação, sem problema algum. Na verdade, ela só se afastou antes porque os patrões falaram: ‘não, vamos afastar, vamos ficar em casa descansando’. Agora, nas últimas semanas, teve a questão de inchaço, o peso da barriga, mas, graças a Deus, foi uma gestação tranquila”, comenta.
Durante a gestação, a mãe fez acompanhamento com ginecologista. Por ser uma gravidez de quádruplos, era considerada de risco desde o início e as visitas médicas e exames foram feitos com frequência.
Eloi explica que foi justamente por conta das questões fisiológicas da mãe que os médicos decidiram fazer o parto aos sete meses de gestação. Uma equipe com 30 profissionais de Saúde participou do procedimento no HCM de Rio Preto.
Uma “árvore da vida” com as características, como peso e tamanho das crianças, foi feita pela equipe da instituição logo após o nascimento. Em seguida, as quadrigêmeas foram encaminhadas para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da instituição.
‘Árvore da vida’ com detalhes de cada um dos bebês após o nascimento em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo pessoal
Segundo Eloi, Viviane se recupera bem da cesariana e deve ter alta entre esta quarta (12) e quinta-feira (13). Já as meninas ficarão por um período maior na instituição justamente por conta de terem sido tiradas da barriga da mãe de forma antecipada.
“A esperança é poder chegar um dia e ir embora com todas de uma vez para a nossa casa, a gente poder viver a nossa vida, começar nossa história. Se Deus quiser, logo, logo isso vai acontecer”, diz.
Origem dos nomes
Lavínia, Laura, Helena e Heloísa vieram ao mundo em Rio Preto (SP)
Prefeitura de Olímpia/Divulgação
A escolha dos nomes é sempre uma tarefa difícil para qualquer casal. Afinal, imagine só decidir algo que faz parte da identidade e que as quatro crianças vão levar para o resto da vida.
Com Viviane e Eloi, isso também não foi fácil, mas eles decidiram adotar alguns critérios. O primeiro deles, o prioritário, foi homenagear as avós.
Heloísa e Helena são os nomes das avós das crianças. Já Lavínia e Laura são nomes dos quais o casal sempre gostou.
Nascimento histórico
Viviane Papani, moradora de Olímpia (SP), deu à luz primeiro caso de quadrigêmeos
Prefeitura de Olímpia/Divulgação
Segundo a Prefeitura de Olímpia, uma consulta no Cartório de Registro Civil da cidade, o sistema, que possui dados desde a década de 30, confirmou que este é o primeiro caso de quadrigêmeas do município e um dos únicos de toda a região.
O nascimento histórico deixou não só os familiares, mas também amigos do casal muito felizes e na torcida para o começo de uma nova fase.
“O sentimento é de muita gratidão a Deus. A gente não para de agradecer. No começo desse sonho, nós rezamos e pedimos tanto a Deus e Nossa Senhora um filho que fomos abençoados com quatro. Então, nós somos muito abençoados, muito abençoados mesmo. E o sentimento agora é expectativa, é felicidade, é querer ter elas logo com a gente em casa. A gente sabe que esse período vai passar”, finaliza Eloi.
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