André Felipe Falbbo Ferreira ganhou o apelido pela força que colocava na bola em cada ataque, como se lembrasse um coice do cavalo da raça Pampa. Morre aos 59 anos o ex-jogador de vôlei Pampa
Morreu nesta sexta-feira (7), aos 59 anos, o ex-jogador Pampa, campeão olímpico de vôlei nos Jogos de Barcelona.
André Felipe Falbbo Ferreira disputou com a seleção os Jogos de Seul, em 1988, e fez parte da geração que conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil em um esporte coletivo. Foi nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992. Ganhou o apelido pela força que colocava na bola em cada ataque, como se lembrasse um coice do cavalo da raça Pampa. Na campanha do ouro, contra a Argélia, fez três pontos seguidos de saque, ajudando o Brasil a vencer aquela partida por 3 sets a 0.
“Acho que o grande papel do Pampa naquela seleção foi de liderança, foi de comando, foi de ser um dos caras mais experientes”, diz Nalbert, campeão olímpico de vôlei em Atenas, 2004.
“Uma figura incrível, que tinha uma energia sensacional, acordava sempre de alto astral, colocava apelidos em todos. Vai ficar uma saudade imensa dessa figura que vai fazer uma falta muito grande para o vôlei brasileiro”, afirma Carlão, campeão olímpico de vôlei em Barcelona, 1992.
Pampa estava na UTI desde março de 2024. Ele fazia quimioterapia para tratar um tipo de câncer conhecido como Linfoma de Hodgkin. O ex-jogador morreu por problemas no pulmão, causados por uma reação ao tratamento.
“Estou muito triste, porque convivi muitos anos com o Pampa. Era um cara fantástico, era um cara do bem, um cara positivo”, conta Marcelo Negrão, campeão olímpico de vôlei em Barcelona, 1992.
Serão dois velórios em Pernambuco. O primeiro deles, no sábado (8), aberto ao público, e o segundo, no domingo (9), reservado aos familiares e amigos próximos. O corpo do ex-jogador vai deixar o hospital em São Paulo neste sábado (8).
Em nota oficial, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Radamés Lattari, exaltou o talento do jogador. O Comitê Olímpico do Brasil lembra que Pampa também foi campeão da Liga Mundial de 1993 e medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Havana, em 1991.
“Sendo da mesma posição, mas era um cara que torcia por mim, pelo meu desempenho, por tudo aquilo que eu alcançava. Ele estava sempre torcendo muito, Então, fica em paz, cara. E muito obrigado por tudo, Pampa”, diz Marcelo Negrão.