4 de janeiro de 2025

Pará teve mais de 900 casos de síndrome respiratória nos três primeiros meses de 2024, diz Sespa

Índice é 14% maior que o mesmo período do ano anterior. Complicações com quadros de sinusite aguda acometem população paraense período conhecido como ‘inverno amazônico’, de alto volume de chuvas na região e maior disseminação dos vírus. Dores no corpo, febre, tosse, dor na face são alguns dos sintomas apresentados neste período do ano no Pará
Reprodução/TV Globo
De janeiro a março deste ano foram notificados 920 casos de Síndrome Respiratória Aguda Graves por gripe no Pará. Deste total, 217 são Covid-19 e 12, Influenza, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
O número representa aumento de 14% nos casos, já que no mesmo período de 2023 foram notificados 787 casos de SRAG, sendo 246 por Covid-19 e 5 por influenza.
✅ Siga o canal do g1 Pará e receba as notícias direto no WhatsApp
O período é caracterizado pelo “inverno amazônico”, momento em que aumenta o número de casos de infecções respiratórias na região.
As urgências e emergências de Belém e da região metropolitana estão lotadas e, além dos sintomas iniciais, como dor de garganta, febre, congestão nasal e indisposição, há sintomas característicos de sinusite, infecção que aparece como complicação do quadro viral – dor de cabeça, principalmente na região da testa e abaixo dos olhos, sensação de pressão no rosto, chegando a ser uma dor pulsante -, e ainda pode ocorrer dor abdominal e diarreia.
“Em cada ano pode ocorrer aparecimento de vírus diferentes dos anos anteriores. Uma pessoa que teve gripe ano passado pode ter gripe nesse mesmo período de início de ano com quadro clínico diferente. A mudança de estação, o aumento de chuvas, a imunidade do indivíduo, o tipo de vírus: contribuem para as manifestações clínicas diferentes”, explica a médica infectologista, Helena Brígido.
Sinusite
Arte g1/Wagner Magalhães
Pessoas que já possuem algumas questões relacionadas ao aparelho respiratório, como a própria sinusite, rinite, asma, enfisema pulmonar, e estar dentro do grupo do risco, como idosos, também pode apresentar manifestações da síndrome respiratória de maneiras diferentes.
Quando procurar por auxílio médico?
Quando os sintomas forem intensos.
Como é o tratamento?
Os remédios não curam a síndrome respiratória, pois ela tem um ciclo natural do vírus, e devem ser recomendados por um médico.
Os medicamentos atenuam os sintomas, como febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor de garganta, obstrução nasal, náuseas, e também dor abdominal e diarreia.
Como prevenir?
A prevenção é feita com a vacina contra os vírus (influenza, covid-19).
É importante ingerir bastante líquido, se alimentar bem, repousar, utilizar máscaras e higienizar bem as mãos para evitar o contato com os vírus.
A prevenção é por meio da vacinação
Agência Belém
Quem são os mais impactados?
O cenário no estado do Pará reflete o cenário epidemiológico no país, de acordo com o Boletim do InfoGripe, da Fiocruz: manutenção do aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em praticamente todo o território nacional.
Mesmo nos estados em que os casos de Covid-19 já começaram a diminuir, o vírus sincicial respiratório (VSR), ao lado do rinovírus e da influenza, traz como consequência o crescimento dos casos de SRAG.
“Em crianças pequenas, de até dois anos de idade, a incidência da circulação do VSR no país tem gerado aumento expressivo nas ocorrências de SRAG, superando a Covid-19. Por outro lado, a reversão da tendência da Covid no Centro-Oeste e Sudeste e a desaceleração na região Sul se refletem na diminuição dos novos casos de SRAG na população a partir de 50 anos. Isso mascara o aumento de casos por influenza nessas faixas etárias, que se observa no Nordeste, Sudeste e Sul”, afirma Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe.
De acordo com a atualização de 10 a 16 de março, 24 estados apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo:
Alagoas
Amapá
Amazonas
Bahia
Ceará
Distrito Federal
Espírito Santo
Maranhão
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rio de Janeiro
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
Sergipe
São Paulo
Tocantins.
Os casos de SRAG por Covid-19 apresentam queda nos estados do Centro-oeste e Sudeste, e desaceleração na região Sul.
Assista às notícias do Pará:

Mais Notícias