Auxiliar de serviços gerais precisou de atendimento médico e diz que ainda sente dores. Concessionária responsável pelo serviço informou que investiga o caso. Uma passageira relata que foi picada por um escorpião dentro de um ônibus do transporte público de Piracicaba (SP), nesta terça-feira (3). Ela precisou receber atendimento médico e a concessionária responsável pelo serviço informou que investiga o caso.
O caso ocorreu por volta das 12h. A auxiliar de serviços gerais Ivete Avelir Silveira explicou que subiu no coletivo na Rua Dásio Oswaldo Delázari, no Novo Horizonte.
“Entrei no ônibus, sentei no banco de idoso, aí eu coloquei a bolsa com a blusa do serviço. Na hora que eu levei a mão, eu senti uma picada na mão. Eu olhei e [o escorpião] estava grudado, não sei se estava no banco, mas grudou na blusa o escorpião. Eu vi que era o escorpião que tinha me picado, aí já foi adormecendo, dando tipo uma íngua embaixo do braço, foi doendo, doendo”, detalha.
Escorpião foi capturado e colocado em uma garrafa após o ataque
Acervo pessoal
Atendimento médico
Ivete conta que ela mesma capturou o animal com uma garrafinha de refrigerante vazia.
“O senhor que estava perto de mim viu que eu estava com muita dor, ligou no Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], aí eu desci na [Rua] Dr. Paulo de Moraes, ali perto da prefeitura, entrei na ambulância, aí me levaram no PS [Pronto-Socorro] do Vila Cristina, foi onde eu tomei a injeção. E está anestesiado o dedo agora”, acrescentou.
Após ser medicada, ela foi liberada, mas disse que ainda sente dores.
“Dói demais, demais, demais. Agora não está doendo porque está anestesiada, tomei duas anestesias, foi cortado o efeito do veneno, mas dói 24 horas”, contou.
Ivete diz que seguia em coletivo para o trabalho quando foi picada
Acervo pessoal
Sem apoio do motorista
Ivete também afirmou que, apesar do tumulto no ônibus após o surgimento do animal, o motorista não ofereceu apoio.
“Viu o alvoroço do povo, era para ele, pelo menos, parar o ônibus, perguntar, ir lá ver. Não fez nada”, contou.
Ela disse que desceu por conta própria na Rua Dr. Paulo de Moraes e foi caminhando até uma base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de onde foi levada ao pronto-socorro.
A auxiliar de serviços gerais relatou prejuízos e disse que pretende cobrar seus direitos.
“Eu queria ver se eu tenho um direito de alguma coisa porque eu estou perdendo o meu dia [de serviço]. E na firma que eu estou trabalhando eu sei que eu estou fazendo falta lá, entendeu? E fora os meus recursos que eu perco por causa de uma falta”.
Mão que foi picada pelo escorpião
Acervo pessoal
“Foi um susto porque você não está esperando, você está indo trabalhar, aí você coloca a mão dentro do banco do ônibus, você sente uma picada, você leva um susto sem saber. […] É uma coisa fora do normal”, lamentou.
O que dizem empresa e prefeitura
A concessionária Pira Mobilidade informou que “acompanha atentamente” o caso e detalhou que ele ocorreu na linha 322 – Novo Horizonte.
“A empresa acredita se tratar de um fato isolado pois realiza, diariamente, o trabalho de higienização da frota e segue os protocolos de limpeza, principalmente na parte interna dos veículos. Uma das hipóteses que está sendo investigada é a de o inseto ter vindo na roupa ou objeto de algum passageiro durante o trajeto. Independente disso, a empresa está em contato direto com a vítima e dá o suporte necessário”, completou.
Já a prefeitura informou que realiza a fiscalização da empresa verificando as condições da frota em operação e que cobrou da concessionária informações sobre esse incidente, que classificou como “caso isolado”.
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