7 de janeiro de 2025

Passagens de trem, metrô e ônibus ficam mais caras em SP a partir desta segunda


Segundo a SPTrans, passageiros que tiverem créditos no Bilhete Único adquiridos até o domingo (5) pagarão pelo valor antigo durante um período de até 180 dias. Após este prazo, o preço cobrado será o reajustado. 28 de julho – Movimentação na estação Santa Cruz do Metrô, em São Paulo
Celso Tavares
Usar o transporte público está mais caro a partir desta segunda-feira (6). No estado de São Paulo, trem e metrô passam a custar R$ 5,20. Já na capital, a passagem dos ônibus sobe para R$ 5.
👉🏻 Segundo a SPTrans, a empresa de transporte do município, quem tiver carregado o Bilhete Único até o domingo (5) continuará pagando o valor antigo das tarifas por até 180 dias. Após este prazo, passará a ser descontado o preço com o reajuste.
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A Secretaria dos Transportes Metropolitanos, do governo de São Paulo, justificou o aumento “considerando a manutenção e sustentabilidade do sistema e assegurando o princípio da modicidade tarifária”.
“O cenário mais equânime sob o ponto de vista social e econômico-financeiro do sistema é a proposta de reajuste tarifário que resulta na proposição de aplicação de 4% sobre o valor da tarifa vigente, abaixo da inflação estimada para o ano de 2024, prevista em 5,09%, percentual este que gerará diminuição de aportes públicos do GESP às empresas públicas”, apontou Manoel Marcos Botelho, secretário da pasta.
Tarifa do ônibus
A tarifa na capital paulista estava congelada em R$ 4,40 desde janeiro de 2020, último ano em que houve reajuste, ainda na gestão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB). A inflação desse período foi de cerca de 32%, segundo o IPCA.
De acordo com a prefeitura, caso fosse considerada a recomposição da inflação, a tarifa passaria de R$ 4,40 para, no mínimo, R$ 5,84.
O valor foi apresentado pela SPTrans durante reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) realizada em 26 de dezembro. Na reunião, a administração municipal chegou a cogitar reajuste para R$ 5,20, um aumento de 18,2%.
Em entrevista cedida à GloboNews em 18 de dezembro, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que o valor da tarifa é impactado por uma série de fatores, como o preço do diesel, o dissídio de funcionários, a estimativa de inflação e a alta do dólar.
A deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, todos do PSOL, entraram com uma ação popular solicitando a suspensão do aumento da tarifa de ônibus em São Paulo.
Segundo os parlamentares, a reunião do conselho, em que foi discutido o valor da nova passagem, “foi realizada de maneira açodada, sem prévia convocação e, portanto, sem a possibilidade de efetiva participação popular, razão pela qual reputam-na nula”.
Em 28 de dezembro, o juiz Bruno Luiz Cassiolato determinou que a prefeitura explicasse o reajuste em até 48 horas. E na quarta-feira (1°), a Justiça decidiu manter o aumento da passagem.

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