Jovem atleta do time olímpico dos Estados Unidos informou que não iria para a capital dos EUA, e sim Detroit. Jon Marvilla (à esquerda em ambas as fotos) desmente que iria para voo que caiu em Washington
Imagem: Reprodução/Instagram
Na noite de quarta-feira (29), um avião comercial da American Airlines se chocou com um helicóptero militar das forças armadas dos EUA, próximo ao aeroporto Ronald Reagan, em Washington, D.C, causando a morte de 64 pessoas.
A tragédia foi um golpe em particular na comunidade americana da patinação artística: muitos atletas, técnicos e preparadores haviam pegado o voo 5342 da American Airlines em Wichita, no Kansas, com destino à capital após uma competição.
Na esteira do acidente, circularam rumores de que um dos patinadores do time olímpico dos Estados Unidos, chamado Jon Maravilla, teve seu embarque negado, por conta do tamanho do seu cachorro.
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Mas isso não é verdade. Em um story do início da tarde desta quinta-feira (30), o patinador desmentiu a informação de que ele tinha planos de embarcar no voo 5342.
O patinador disse que “estava viajando para Detroit e, por isso, não era para estar no voo para DC [capital dos EUA]”.
Ao site Daily Beast, Maravilla esclareceu que tomaria o voo para Detroit após uma conexão em Atlanta. Assim, o cachorro que estava com ele, na verdade, o impediu de embarcar para a conexão na capital do estado da Geórgia, e não para Washington, DC.
Como não pôde viajar de avião, o jovem atleta, então, decidiu chegar até a cidade de Michigan de carro, em uma viagem que dura cerca de 14 horas. Foi durante a longa viagem de carro que Maravilla descobriu a notícia do acidente e a morte de parceiros do time de patinação.
Os rumores
Às 14h23 (horário de Brasília) de ontem, Jon Maravilla postou em sua conta do Instagram um stories dele no Wichita Eisenhower Airport, aeroporto situado no estado do Kansas, com a legenda: “Não me permitiram embarcar 🤦🤦🤦🤦 🤦 (…) me tirem do Kansas, por favor”.
Maravilla e outros membros do time norte-americano de patinação no gelo — que estão entre as vítimas do voo — estavam em Wichita para uma competição na modalidade.
Já às 15h23 (horário de Brasília), Maravilla postou a imagem de uma rodovia da cidade de Wichita, com a frase “e a jornada de 14 horas começa”.
Às 5h07 (horário de Brasília) de hoje, a mídia russa RIA Novosti usou seu canal no Telegram para informar que:
“O patinador americano Jon Maravilla contou à agência de notícias RIA Novosti que não foi autorizado a embarcar no avião que depois caiu, devido ao seu cachorro. Durante o check-in, disseram ao atleta que seu cachorro era grande demais para ser transportado, então Maravilla acabou decidindo viajar de carro”.
Horas depois, a suposta história de sorte extraordinária de Marvilla começou a circular nas redes.
Atletas de patinação estavam em voo
A US Figure Skating — o órgão que representa a patinação artística nos EUA — confirmou em uma declaração que vários membros de sua comunidade estavam a bordo do voo 5342 da American Airlines.
“Esses atletas, treinadores e familiares voltavam para casa após o National Development Camp realizado em conjunto com o campeonato da U.S. Figure Skating em Wichita, Kansas”, diz a declaração.
“Estamos devastados por essa tragédia indizível e guardamos as famílias das vítimas em nossos corações. Continuaremos monitorando a situação e divulgaremos mais informações assim que estiverem disponíveis.
Um evento chamado Prevagen US Figure Skating Championships de 2025 foi realizado em Wichita, Kansas, entre 20 e 26 de janeiro.
Patinadores artísticos e treinadores russos também estavam a bordo do voo, segundo informações divulgadas pelas agências Reuters e Tass.