Assassino em série foi morto a tiros em 5 de março de 2023, em Mogi das Cruzes, na Grande SP. Um dos três suspeito de envolvimento na morte do assassino em série foi ouvido pela Polícia Civil nesta quarta-feira (13). Polícia Civil ouve suspeito de envolvimento na morte de ‘Pedrinho Matador’
A Polícia Civil de Mogi das Cruzes aponta uma possível ordem de proibição de tráfico de drogas em um bairro onde parentes de “Pedrinho Matador” moravam, em Mogi das Cruzes, como a motivação da morte do assassino em série. Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, foi assassinado no dia 5 de março de 2023. Nesta quarta-feira (13), um dos suspeitos pelo crime foi ouvido pela polícia e, em seguida, indiciado.
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De acordo com o delegado Rubens José Ângelo, do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi e responsável pela investigação do caso, a motivação do assassinato de Pedrinho foi um acerto de contas.
“O tráfico de entorpecentes estava ocorrendo no bairro que Pedro tinha familiares, inclusive sobrinhos e crianças pequenas. Então, ele ameaçou os traficantes, aterrorizou o bairro no sentido de não acontecer o tráfico, quando veio a ordem de uma facção criminosa, de uma organização criminosa, para dar cabo à vida dele. Pois o modus operandi da execução do crime denota isso. Três indivíduos num veículo, dois desembarcam, efetuam disparos com pistola nove milímetros, acertam quatro vezes a pessoa de Pedrinho, e o ocupante puxa uma faca e tenta degolá-lo, corta o pescoço dele. Então, a forma de execução nutre um sentido de raiva e de vingança por parte desses executores”, disse.
Pedrinho Matador durante entrevista a podcast
Reprodução/YouTube
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Segundo o delegado, Adalberto de Oliveira Alves Júnior, conhecido como “Pierre”, é um dos três envolvidos na morte de Pedrinho Matador. O homem, de 34 anos, prestou depoimento em Mogi nesta quarta.
Adalberto foi preso em outubro, em São Paulo. Segundo o delegado, já existiam dois mandados de prisão preventiva por roubo e receptação pela vara da capital e pela Vara Federal de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
“Ele foi preso temporariamente pelo Setor de Homicídios, porque nosso mandado não havia sido cumprido. Foi preso temporariamente, bem como foi foi indiciado por homicídio triplamente qualificado da pessoa de Pedro Rodrigues Filho, Pedrinho Matador. Pelos elementos informativos que foram investigados no inquérito policial, há indícios de Adalberto neste crime”.
O g1 tentou contato com Mauricio Cleudir Sampaio, advogado de defesa de Adalberto. No entanto, não houve resposta até a última atualização desta reportagem.
Pedrinho Matador em imagem de arquivo de 1996
Reprodução/ Fantástico
Ainda segundo o delegado, outros dois suspeitos são investigados. No entanto, ainda não foram coletados indícios concretos que confirmam a participação da dupla no crime.
“As investigações, então, prosseguem com o escopo, com a finalidade de nós identificarmos esses outros dois participantes e prendê-los”, finaliza.
Carro em que suspeitos de atirarem em Pedrinho Matador foi abandonado durante fuga
José Antonio de Assis/TV Diário
Sobre o caso
Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, de 68 anos, foi morto na calçada em frente à casa de familiares.
Pedrinho foi preso pela primeira vez em 1973, depois de completar 18 anos, e passou 42 anos na cadeia. Ele contou que cometeu o primeiro assassinato em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, aos 14 anos. Ele matou a tiros o então prefeito da cidade que, segundo ele, tinha demitido seu pai como vigia de um colégio municipal.
Quem foi Pedrinho Matador
Em uma entrevista para a revista “Época”, de 2003, o assassino em série disse que teria matado mais de cem pessoas, incluindo crimes cometidos dentro do sistema prisional.
Em 2018, já em liberdade, Pedrinho criou um canal no Youtube. Ele também mantinha um perfil no TikTok. Em um dos vídeos, mostrou um livro em que conta a sua história.
No dia do assassinato, segundo o depoimento de uma familiar à polícia, Pedrinho estava sentado em uma cadeira em frente à casa dela quando um veículo parou na rua e, então, duas pessoas, armadas, desceram do carro. Um dos homens, que utilizavam máscaras, teria dito “não é nada com você, não. Pega sua filha e entra para dentro”.
Na sequência, os dois homens efetuaram os disparos contra Pedrinho. Um dos suspeitos, com uma faca de cozinha, perfurou a garganta da vítima, que já estava caída. Após a ação, os criminosos voltaram para o carro e fugiram e uma outra pessoa surgiu no portão da casa gritando que havia chamado a polícia.
O celular de Pedrinho foi coletado pela equipe do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes. Já o carro encontrado pela PM e um galão encontrado próximo do veículo foram apreendidos.
O caso foi registrado como homicídio qualificado.
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