Votação do primeiro turno começa nesta terça-feira (20) e termina na quarta (21). Disputa feminina é inédita nos 62 anos de existência da UnB. Professoras Maria de Fátima, Rozana e Olgamir concorrem à Reitoria da UnB.
Divulgação/Zambrana’s e Iogo Chirola
Pela primeira vez na história da Universidade de Brasília (UnB), as três chapas que concorrem à reitoria da universidade são encabeçadas por mulheres. A votação começa nesta terça-feira (20), às 9h, e vai até quarta-feira (21), às 21h (saiba mais abaixo).
Veja quem são as candidatas:
Maria Fátima de Sousa, da chapa UnB Que Queremos
Olgamir Amancia Ferreira, da chapa Pensar e Fazer UnB
Rozana Reigota Naves, da Imagine UnB
A disputa feminina pela nova gestão da Reitoria da Universidade de Brasília é inédita nos 62 anos de existência da UnB.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
Quem são as candidatas?
Maria Fátima de Sousa
Candidata Maria de Fátima concorre à reitoria da UnB.
Divulgação/Zambrana’s
A professora Maria Fátima de Sousa, da chapa “UnB que Queremos”, tem como candidato a vice-reitor o professor Paulo Celso dos Reis Gomes.
Graduada em enfermagem e especialista em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a professora é mestre pela UFPB, doutora em Ciências da Saúde pela UnB e pós-doutora pela Universidade de Quebec em Montreal.
Veja vídeo abaixo em que Maria de Fátima de Sousa fala sobre principal desafio da UnB:
Maria Fátima Souza fala sobre principal desafio da UnB.
Atualmente, é professora do Departamento de Saúde Coletiva da UnB, e foi diretora da Faculdade de Ciências da Saúde. Maria Fátima de Sousa afirma que essa eleição simboliza a “festa da democracia” e que é uma disputa feminina democrática e propositiva.
“É um avanço, a UnB sempre foi pioneira nas cotas, na inclusão da população mais vulnerável”, diz Maria Fátima de Sousa.
Para a candidata, essa eleição encabeçada por mulheres é fruto de uma luta feminina na universidade.
“Somos maioria tanto de estudantes, técnicas e professoras. É fruto do nosso compromisso histórico”, diz.
Olgamir Amancia Ferreira
Professora Olgamir concorre à Reitoria da UnB.
Divulgação/Júlia Beda
A professora Olgamir Amancia Ferreira, concorre pela chapa “Pensar e Fazer UnB” ao lado do candidato a vice-reitor Gustavo Adolfo Sierra Romero. Graduada em licenciatura em matemática pelo Centro de Ensino Superior de Brasília, em 1985, a professora é mestre e doutora em Educação pela Universidade de Brasília.
Olgamir é professora da UnB e foi decana de Extensão por oito anos. Além disso, foi coordenadora do Colégio de Pró-Reitores de Extensão das IFES, da Andifes.
Veja vídeo abaixo em que Olgamir Ferreira fala sobre o principal desafio da UnB:
Olgamir Ferreira fala sobre principal desafio na UnB.
A professora diz que a presença das mulheres nos cargos de gestão não é recorrente, ainda que estejamos em 2024. Para ela, ter três mulheres concorrendo à reitoria da UnB é emblemático.
“Estamos avançando na luta das mulheres pela conquista de espaços de poder que podem contribuir para a transformação da realidade brasileira”, diz Olgamir.
Ela destaca que ter uma mulher à frente da gestão do Ensino Superior pode resultar na garantia da consolidação de direitos humanos, e cita a gestão da primeira reitora da universidade, Márcia Abrahão.
“Não tem como pensar uma sociedade mais igualitária se não tivermos as mulheres à frente nas suas diferenças e possibilidades”, afirma Olgamir Amancia Ferreira.
Rozana Reigota Naves
Rozana é candidata à Reitoria da UnB.
Divulgação/Iogo Chirola
A professora Rozana Reigota Naves concorre pela chapa “Imagine UnB – Participar e Transformar”. O candidato a vice-reitor é o professor Márcio Muniz de Farias.
Graduada em letras pela Universidade Católica de Brasília (UCB), a professora é mestre e doutora em linguística pela UnB. Rozana é professora da universidade e já foi diretora do Instituto de Letras e do Decanato de Administração.
Veja vídeo abaixo em que Rozana Naves fala sobre principal desafio da UnB:
Rozana Naves fala sobre principal desafio na UnB.
Atualmente, é Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Linguística. Rozana Naves destaca que a eleição com três mulheres reforça o protagonismo feminino em atividades de gestão no alto escalão, em particular na definição de políticas públicas na educação brasileira.
“Em relação ao Brasil, valida as políticas de equidade de gênero e promove debate de pautas importantes, como o combate ao feminicídio e a discriminação de gênero. […] Na UnB, é retomar algo pautado anteriormente, que é a equidade nos cargos de gestão superior”, diz Rozana Reigota Naves.
Além disso, a professora ressalta a importância da primeira reitora mulher da UnB, Márcia Abrahão, que abriu portas para novas candidaturas.
“Ela inaugurou uma nova época na Universidade de Brasília, abriu espaço para mulheres na gestão e isso vem se consolidando pouco a pouco”, afirma a professora.
O que faz uma reitora?
A reitora responde pela administração geral da Universidade de Brasília (UnB). Ou seja, está à frente de todos os interesses educacionais, econômicos e culturais da instituição.
Além disso, a reitora é responsável por firmar convênios e parcerias com objetivo de projetar e ampliar as atividades científicas e tecnológicas da universidade no Brasil e no exterior.
Segundo a Secretaria de Comunicação da UnB, há uma gratificação referente à função que pode chegar até R$ 14.686,79. A reitora pode escolher receber somente este valor ou a remuneração do cargo que ocupa acrescido de 60% da gratificação.
Como é a eleição?
A eleição, que ocorre no dias 20 e 21 de agosto, é presencial na UnB. Professores, estudantes e servidores técnico-administrativos podem votar.
👉🏽O voto, feito em cédula de papel, é facultativo, secreto e inserido em urnas.
👉🏽Vence a chapa que tiver a maioria dos votos.
👉🏽Caso nenhuma chapa alcance a maioria absoluta, um segundo turno é realizado nos dias 3 e 4 de setembro.
LEIA TAMBÉM:
REITORA DA UNB: ‘Como reitora, passei por situações nas quais eu tive que colocar o homem no lugar dele’, diz Márcia Abrahão da UnB
MÁRCIA ABRAHÃO: UnB reelege reitora Márcia Abrahão com 54% dos votos: ‘Serão anos desafiadores’
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.