27 de outubro de 2024

‘Perguntei se era infarto e ela: ‘Não, foi tiro’, diz mulher de morto em tiroteio da PM no Complexo de Israel, após receber ligação do hospital

Segundo a mulher do motorista de aplicativo, foi o passageiro que estava com ele que assumiu a direção e levou o carro até o hospital. Paulo foi atingido por um tiro na nuca. Paulo Roberto de Souza
Reprodução
A mulher do motorista de aplicativo Paulo Roberto de Souza, 60 anos, morto na Avenida Brasil durante tiroteio no Complexo de Israel, esteve no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta sexta-feira para cuidar da liberação do corpo.
Cátia Lima conta que quando viu a notícia, ficou preocupada e rastreou o carro do marido através do seguro do carro. Inicialmente, ela pensou que ele o marido tivesse ido ao hospital por outro problema de saúde, não por um tiro, mas recebeu uma ligação do Hospital Moacyr do Carmo.
“Eu não esperava que fosse uma morte violenta, ele estava reclamando de dor no ombro. Eu perguntei se era infarto e ela: ‘não, foi tiro'”, contou.
Além do caminhoneiro, outras duas pessoas morreram no tiroteio e três ficaram feridas.
Passageiro levou carro até o hospital
Segundo Cátia, foi o passageiro que estava com Paulo que assumiu a direção e levou o carro até o hospital.
“O passageiro que estava com ele no carro estava lá (no hospital). O passageiro, inclusive, assumiu o lugar dele e o levou até o hospital, com a polícia abrindo caminho. E ele disse que, quando ouviu o barulho do tiro e chegou a comentar: ‘É tiro’, e ele só abaixou a cabeça”, diz Cátia.
O disparo atingiu a nuca do motorista. Ele chegou a ser atendido no Hospital Moacyr do Carmo, mas não resistiu após sofrer duas paradas cardíacas.
A esposa contou que, em um primeiro momento, achou que ele estava seguro por não estar na Avenida Brasil.
“A gente tinha no costume de dar bom dia um ao outro todo dia. Eu mandei a mensagem e ele não respondeu. Aí eu fiquei aflita. Comecei a ligar e ele não atendia”, diz Cátia, lembrando que o marido estava com dor no ombro.
Paulo Roberto era casado, tinha 3 filhos e 4 netos. A esposa disse que ele se tornou mais um número nas estatísticas da violência.
Policiais militares se escondem durante tiroteio no Complexo de Israel
Reprodução/TV Globo

Mais Notícias