27 de outubro de 2024

Pescador flagra jacaré ‘pré-histórico’ no rio Madeira: “Já vi jacaré maior, mas não com a cabeça daquele tamanho”; veja vídeo

Segundo pescador, o tamanho do animal foi o que mais chamou atenção. Especialista conta que o réptil é da espécie Jacaré-Açu, exclusiva da América do Sul e pode passar de 5 metros. Jacaré-Açu é visto no rio Madeira em Porto Velho
Um grande jacaré foi flagrado por um pescador enquanto navegava pelo rio Madeira em Porto Velho. De acordo com o biólogo, o animal é da espécie Jacaré-Açu e impressionou por causa do tamanho. Vídeo feito pelo pescador, que mostra o “jacaré pré-histórico”, repercutiu nas redes sociais. (assista o vídeo acima)
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Ao g1, o pescador Airton Viana disse que o flagra aconteceu enquanto ele e os amigos pescavam no rio Madeira. No momento da atividade, eles avistaram um enorme jacaré e decidiram filmar o animal.
“Como eu trabalho no rio, é comum vê-los, mas nesse dia, quando eu e meus amigos enxergamos ele no meio do rio, resolvi gravar”, disse Airton.
No vídeo, Airton chamou o animal de “jacaré pré-histórico” por causa das características que o diferenciam dos outros. Segundo ele, os jacarés sempre aparecem durante as pescarias, mas esse foi um dos que mais chamou sua atenção.
“O tamanho da cabeça dele comparado ao tamanho do corpo era muito grande. Já vi jacaré maior, mas não com a cabeça daquele tamanho. Por isso comparei com algo pré-histórico”, revelou o pescador.
🔎 O Jacaré-Açu é uma espécie de jacaré exclusiva da América do Sul, muito comum na Amazônia, inclusive no rio Madeira. Ele é um dos maiores do mundo e está classificado como um crocodiliano ou jacaré. A espécie que pode passar de 5 metros é uma das três maiores do mundo em comprimento.
Mas afinal, o jacaré do vídeo é mesmo pré-histórico?
Segundo o biólogo Flávio Terassini, o animal pode sim ser considerado um jacaré pré-histórico, isso porque ele pode viver por muitos anos.
“Sim, podemos falar que ele é bem pré-histórico, jacarés podem passar de 80 anos de idade e assim como as tartarugas, outros répteis, são bem pré-históricos da época dos dinossauros. Então realmente nós temos aí um fóssil vivo nadando e navegando pelo rio Madeira próximo à nossa ponte”, revelou.
De acordo com o biólogo, a seca do rio Madeira pode influenciar no aparecimento de jacarés, por isso é importante redobrar os cuidados.
“Mesmo as pessoas estando às margens é difícil ele sair para atacar uma pessoa, mas não é indicado. Se você ver um bicho desse não se aproxima porque ele pode atacar para se defender e a defesa dele vai ser mordidas, até mesmo rabadas, e um jacaré desse sim, pode ter um caso fatal se ele chegar muito próximo a uma pessoa, então a recomendação é ficar de longe, manter distância e deixar ele seguir seu fluxo”, disse o biólogo.
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