20 de outubro de 2024

Pesquisa: prática de exercícios físicos pode ajudar a prevenir o Alzheimer

Novos estudos realizados no Brasil apontam relação entre exercícios físicos e desempenho cognitivo Exercício para idoso
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O sedentarismo é um risco à saúde pública mundial, e no Brasil não é diferente: seis em cada dez adultos não praticam atividades físicas. Mas os novos estudos sobre o tema podem ajudar em uma mudança de comportamento, visto que além do ganho físico, a prática de exercícios físicos contribui para o desempenho cognitivo.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 1,8 bilhão de pessoas, o que equivale a 31% dos adultos no mundo, são sedentárias e não atingiram os níveis recomendados pela OMS de 150 minutos de exercícios físicos por semana. Se a tendência de sedentarismo continuar no mesmo ritmo, os níveis de inatividade devem aumentar para 35% até 2030.
“São pessoas que estão mais propensas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, câncer e as demências”, pontuou Suzana Lyra (CRP03/9748), neuropsicóloga, Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN).
Novos estudos no Brasil
Estudo realizado pela Unicamp, em Campinas, revela que trabalhar os músculos pode exercer efeitos positivos na saúde mental e prevenir doenças degenerativas, entre elas o Alzheimer.
Em sua metodologia, a pesquisa separou dois grupos: o primeiro, fazia musculação duas vezes por semana, durante uma hora por dia, e o segundo grupo não fazia esse tipo de atividade. Os resultados mostraram que entre os membros do primeiro grupo, que possuíam ‘comprometimento cognitivo leve’, após seis meses de atividades físicas, 20% tiveram uma pontuação final que não definia mais o diagnóstico, apontando para uma melhora na cognição global.
O responsável por esses resultados é a irisina, também conhecida como hormônio do exercício. No Rio de Janeiro, um acompanhamento conduzido pelo Instituto IDOR, com idosos, revelou uma correlação entre níveis mais elevados de irisina e menor incidência de Alzheimer.
Outro estudo, desenvolvido na Universidade Federal do Pará, aponta que o HIIT, um treino rápido e intenso feito com intervalos que virou febre nas academias, está entre os mais indicados por cientistas na área da saúde mental, auxiliando diretamente no desempenho cognitivo.
Dra Suzana Lyra
Renato Santana Santos
Diagnóstico precoce
“Abandonar velhos hábitos como tabagismos e alcoolismo, bem como incluir na rotina uma dieta equilibrada, exercícios físicos e exercícios que estimulem a neuroplasticidade do cérebro, são fundamentais para diminuir o risco da doença. Além disso, apesar de estarmos falando de uma condição crônica, progressiva e que não tem cura, o diagnóstico preciso e precoce, vai contribuir para que o tratamento certo comece o quanto antes, proporcionando qualidade de vida para este paciente”, frisou Suzana Lyra.
Em casos de desatenção, lapsos de memória, lentidão no raciocínio, dificuldade de concentração, entre outras que apontam para um desempenho cognitivo aquém do desejado, o recomendado é procurar um especialista capacitado para a realização de uma avaliação neurocognitiva ou neuropsicológica.
“A avaliação neuropsicológica investiga tanto a estrutura cerebral, como também as condições psicológicas. É a partir dessa avaliação que são mensuradas as respostas do paciente, averiguando se tais dados e quantitativos são compatíveis com a patologia a ser pesquisada, seja ela TEA, TDAH e demências, bem como outros transtornos. Com o diagnóstico correto, é possível criar um plano de tratamento personalizado e eficaz”, concluiu.
Em Salvador, a avaliação neurocognitiva pode ser realizada no Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN), localizado na Av. Juracy Magalhães Júnior, 2490 – sala 303, Rio Vermelho. O espaço agrega serviço multiprofissional, com assistência humanizada e de excelência, pautado na qualidade de vida de pacientes com transtornos relacionados à saúde mental.
Responsável Técnica: Dra Suzana Lyra (CRP03/9748), Neuropsicóloga.

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