Sônia Jorge é economista e pesquisadora da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e será membro correspondente da instituição. Professora e economista da UFTM se torna membro da Academia Angolana de Letras
A professora, economista e pesquisadora de Uberaba Sônia Regina Jorge da Silva foi convidada para ocupar um lugar na Academia Angolana de Letras. A educadora passou a ocupar uma das 43 cadeiras da instituição africana no dia 7 de novembro como membro correspondente.
Sônia é mestranda em Educação pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Interculturalidade e Educação em Ciências da instituição (Gepic). Em entrevista à TV Integração, a professora celebrou a oportunidade e afirmou que ser escolhida para a Academia é “uma responsabilidade muito grande”.
“Primeiro, você tem a responsabilidade, como membro correspondente, de zelar por essa Academia dentro do Brasil. Nós vamos, em parceria com várias instituições, desenvolver um trabalho junto à Academia, de intercâmbio, de possibilidades de escritas, de apresentar novos escritores, jovens escritores, mulheres escritoras. É uma responsabilidade muito grande, mas muito bonita. Estamos preparados e muito alegres em poder abraçar esse desafio”, afirmou.
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Sônia Jorge professora Uberaba Academia Angolana de Letras
TV Integração/Reprodução
A conexão entre Sônia e Angola é antiga. A brasileira viveu na província de Benguela, no país africano, por mais de 10 anos. Depois de retornar ao Brasil, manteve o contato com a Academia Angolana de Letras, com a realização de pesquisas com a temática da cultura afro-brasileira.
“Penso que meu nome chega para essa importante responsabilidade junto à academia devido ao trabalho que a gente desenvolve ao longo dos anos dentro de Angola, e também por ter participado em alguns momentos de algumas conferências junto à Academia”, explicou a pesquisadora à TV Integração.
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Entre as pesquisas de Sônia que estão em andamento está a dissertação de Mestrado, em que aborda a importância da mulher congadeira para a sociedade brasileira.
“Quando falamos do congado brasileiro, estamos falando de toda uma cultura Banto dentro do Brasil. E Uberaba é uma cidade que tem vários ternos de congado, há ternos com mais de um século. Precisamos pensar como eles conseguem passar de gerações a gerações o que acontece nesses ternos e quem são essas mulheres que estão lá dentro. Um terno pode estar pronta para sair, mas se a matriarca do terno disser que não vai sair, não tem Congado”.
“Essa mulher tem uma importância de gestão muito grande. Ela educa dentro dos ternos de Congado”, complementou.
Angola foi colonizada por Portugal a partir do Século XV e tem a segunda maior população falante de português do mundo, atrás apenas do Brasil. No entanto, a maior parte da população também fala outros idiomas, ligados a grupos étnicos da região, como o umbundo, o congo e o quimbundo.
Terno de Congado em Uberaba em 2017
Ruth Gobbo/Divulgação
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