Partidos já divididos, como PP, Republicanos e União Brasil veem alas que falam em desembarque do Lula 3 ganharem força O presidente Lula decidiu trocar substituir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, por Alexandre Padilha
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Levantamentos, como o mais novo da Quaest, que atestam a deterioração do capital político e eleitoral do presidente Lula, tiraram o apetite do centrão por cargos no governo, inclusive ministérios, minando a capacidade de reação do Planalto.
Segundo dirigentes de siglas como PP, Republicanos e União Brasil consultados pelo blog, esses partidos, já divididos entre a oposição e o apoio ao governo, veem agora alas que pregam um “desembarque” da Esplanada dos Ministérios ganharem força.
Os dados preocupam até aliados, que apontam um governo sem capacidade de reação ou timing. Mais: uma reforma ministerial propriamente dita, com mudanças significativas e mais espaço para vozes dissonantes da esquerda parece cada vez mais distante.
Mesmo petistas criticam a demora na tomada de decisão e a forma como as mudanças pontuais estão sendo conduzidas. Num episódio sintomático, Lula participou de um evento com Nísia Trindade (Saúde) na manhã de ontem e, durante a tarde, sacramentou sua demissão.
“Foi uma espécie de velório em vida. Horrível”, avalia um deputado do PT.
O governo tenta sair das cordas programando anúncios semanais e colocando Lula na estrada. O centrão fala em no máximo 45 dias de prazo para que uma reação apareça nas pesquisas. Ou a pregação por uma saída em bloco do governo pode deixar os bastidores para entrar no debate público, sob holofotes.
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