6 de outubro de 2024

PF apreende documentos na casa de dentista preso por corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro

Eduardo Penha Ribeiro, conhecido como Doutor Eduardo, foi preso em flagrante na quarta-feira (2) com cerca de R$ 2 milhões em espécie. A empresa dele têm diversos contratos milionários com a prefeitura de Duque de Caxias. Doutor Eduardo já foi homenageado por vereadores de outra cidade da Baixada Fluminense
Reprodução/TV Globo
Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram mantados de busca e apreensão na casa do dentista Eduardo Penha Ribeiro, conhecido como Doutor Eduardo, que foi preso em flagrante na última quarta-feira (2) com cerca de R$ 2 milhões em espécie.
Eduardo é suspeito pela prática de corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro. A empresa dele têm diversos contratos milionários com a prefeitura de Duque de Caxias.
Na ação deste sábado (5), os agentes apreenderam diversos documentos. Ao todo, foram três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 8ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os três endereços são ligados a Eduardo.
Empresas de dentista preso com cerca de R$ 2 milhões em espécie pela PF têm contratos milionários com prefeitura de Caxias
Na quarta-feira, quando Eduardo foi preso, os policiais encontraram R$ 1.920.000 em notas de 50 e 100 na mala do carro dele em um estacionamento no centro de Caxias. Segundo a PF, o dinheiro seria usado para compra de votos nas eleições municipais.
O dentista, além de dono de empresas que prestam serviços para a prefeitura, já foi também conselheiro municipal de saúde em Duque de Caxias entre 2018 e 2020.
Procurada, a prefeitura de Duque de Caxias disse que aguarda a conclusão da investigação. A TV Globo não conseguiu contato com a defesa de Eduardo Penha Ribeiro.
R$ 4 milhões nesta semana
Somente nesta semana, que antecede as eleições municipais, a Polícia Federal no estado do Rio de Janeiro apreendeu cerca de R$ 4 milhões, em espécie, que seriam utilizados na compra de votos.
PF prende homem com cerca de R$ 2 milhões em espécie na Baixada Fluminense
A operação foi desenvolvida pelo Grupo de Combate aos Crimes Eleitorais (GET) e pela Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional (DELINST) da PF no Rio de Janeiro.
Neste sábado, a PF informou que as ações de combate a crimes eleitorais realizadas em 2024, até o momento, levaram à apreensão de R$ 46 milhões em bens e valores — dos quais R$ 20 milhões são dinheiro em espécie.
Secretário de Niterói é detido com R$ 9 mil em dinheiro e folhas com nomes, seções e zonas eleitorais
Segundo a corporação, esses recursos estão ligados a crimes cometidos por pessoas durante a campanha para as eleições municipais de 2024.
Nos últimos meses, foram deflagradas mais de 40 operações de combate a crimes eleitorais no país.
Além disso, estão em curso cerca de 2.200 inquéritos para investigar esse tipo de delito e ações criminosas contra o Estado Democrático de Direito.

Mais Notícias