8 de janeiro de 2025

PF e CGU fazem operação em São João da Boa Vista contra desvio de dinheiro público na área da saúde


Investigação tem por objetivo apurar práticas ilegais na execução de convênio entre prefeitura e organização social. Repasses passaram de R$ 50 milhões, sendo R$ 14 milhões em recursos federais. Polícia Federal apura desvios de recursos da saúde em São João da Boa Vista
Reprodução/EPTV
A Polícia Federal, em ação com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (3) a “Operação Quarto Elemento” para aprofundar investigação sobre desvios de recursos públicos direcionados à saúde por meio de contratos firmados por organização social (OS) contratada pela Prefeitura de São João da Boa Vista (SP).
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A investigação tem por objetivo apurar práticas ilegais na execução de convênio, celebrado em abril de 2022, entre a prefeitura e uma OS para a gestão de unidades de saúde, cujos repasses passaram de R$ 50 milhões, sendo R$ 14 milhões em recursos federais.
Mais de 70 servidores, entre policiais federais e auditores da CGU, cumprem 13 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em São João da Boa Vista, Barretos, Bragança Paulista, Franco da Rocha, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Santo André, São Bernardo do Campo, Sorocaba e na capital paulista.
Investigações
PF e CGU fazem operação em São João da Boa Vista contra desvio de dinheiro público na área da saúde
Carioca/Notícias Policiais
Durante a investigação, a PF e a CGU, em um trabalho minucioso e colaborativo, colheram indícios de desvios de recursos públicos por meio da subcontratação de empresas supostamente fornecedoras de produtos e serviços à organização social.
Também foram constatadas transferências de elevados valores das contas da OS e das empresas subcontratadas para contas correntes do principal investigado, de seus familiares e de pessoas sob sua forte influência, as quais figuram ora como sócios, ora como empregados, ora como gestores dessas empresas subcontratadas ou da principal organização social investigada.
A investigação, além da busca por provas do desvio, visa ainda apurar possíveis práticas de lavagem de dinheiro relacionadas à aquisição e emplacamento de veículos de luxo e aquisição de imóveis de alto padrão em nome de pessoas integrantes do núcleo familiar do líder da organização. Além, dos mandados de busca e apreensão, o Tribunal Regional Federal da 3ª região determinou:
o sequestro de bens e bloqueio de valores no montante de R$ 20 milhões contra pessoas físicas e jurídicas investigadas;
prisão temporária do principal investigado, o qual, segundo apurado, mora em Portugal, com elevado padrão de vida e ostentação nas redes sociais.
Os investigados, de acordo com suas condutas, poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato e ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), cujas penas somadas passam de 35 (trinta e cinco) anos de prisão, além de diversos outros já constatados durante a investigação.
O nome da operação é uma referência à quarteirização, que é conceito aplicado aos contratos de gestão quando uma organização contrata uma empresa terceirizada e esta contrata outras empresas terceirizadas para executar ou auxiliar no objeto do contrato.
PF e CGU fazem operação em São João da Boa Vista contra desvio de dinheiro público na área da saúde
Carioca/Notícias Policiais
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