15 de janeiro de 2025

PF indicia Juscelino Filho por suspeita de desviar verba de emendas parlamentares

O ministro das Comunicações afirma que os recursos foram destinados legitimamente por meio de emendas parlamentares. PF indicia ministro das Comunicações por suspeita de desvio de verbas de emendas parlamentares
A Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do União Brasil, por suspeita de desvio de verbas de emendas parlamentares. O ministro negou irregularidades e disse que os recursos foram destinados legitimamente.
Na época, Juscelino Filho era deputado federal. O dinheiro das emendas foi enviado para a cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, onde a irmã dele, Luana Rezende, também do União Brasil, é prefeita.
Segundo a Polícia Federal, o dinheiro das emendas foi repassado para a Codevasf – a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – , que fez obras de pavimentação com empresas de fachada.
O ministro foi indiciado por suspeitas de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e fraude à licitação.
No início da tarde, ele divulgou um vídeo nas redes sociais:
“Não há nada, absolutamente nada, que envolve a minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, ética e defesa do interesse público. Este inquérito devassou a minha vida e dos meus familiares e não encontrou nada. Revirou fatos antigos de recursos que destinei legitimamente através de emendas parlamentares e cuja execução e fiscalização de obras não são e nunca foram de minha responsabilidade como deputado. Minha inocência será comprovada ao final do devido processo legal e espero que o amplo direito à defesa e à presunção da inocência sejam respeitados”.
O União Brasil divulgou nota em que reforça total apoio ao ministro.
Também em nota, a Codevasf afirmou que “embora os recursos que custearam obras no município tenham sido provenientes da Codevasf, as atividades de contratação dos serviços e de acompanhamento de sua execução foram realizadas pela prefeitura municipal”, e que mantém compromisso com a elucidação dos fatos sob investigação.
A Polícia Federal enviou o relatório ao STF – Supremo Tribunal Federal. O relator é o ministro Flávio Dino, que deve pedir uma análise da Procuradoria-Geral da República, que pode aprofundar as investigações, arquivar o caso ou oferecer denúncia contra o ministro ao STF.

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