10 de janeiro de 2025

PF realiza operação contra a comercialização ilegal de madeira extraída de terra indígena no MA

Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (26). Extração ilegal de madeira era feito na Terra Indígena Toco Preto, situada entre as cidades de Itaipava de Grajaú e Arame. Polícia Federal realiza operação contra a extração e comercialização ilegal de madeira extraída de terras indígenas no MA
Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta terça-feira (26), três mandados de busca e apreensão em uma operação contra a extração e comercialização ilegal de madeira extraída de terra indígena Terra Indígena Toco Preto, localizada na região da Amazônia Legal, no Maranhão.
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A operação Kreepym-Katejê foi deflagrada após a PF identificar, por meio da geotecnologia, um crescente desmatamento na Terra Indígena Toco Preto, situada entre as cidades de Itaipava de Grajaú e Arame. A madeira nativa extraída da área seria destinada para serrarias ou movelarias.
Madeira ilegal era extraída da Indígena Toco Preto no MA
Divulgação/Polícia Federal
As investigações apontam uma associação criminosa que envolve fazendeiros, madeireiros e indígenas, que tem como objetivo a extração ilegal de madeira para exploração comercial clandestina. A extração era feita com o consentimento de uma liderança de uma das aldeias, por meio de pagamentos ilícitos.
Segundo a PF, um dos beneficiados com o esquema, seria um ex-vereador de Itaipava do Grajaú, que é dono de serrarias e movelarias na região. O suspeito que, não foi identificado, seria o receptador da madeira extraída ilegalmente.
A operação
Dois dos três alvos da operação de busca e apreensão, já são condenados por meio de Ação Civil Pública (ACP) a reflorestar 490 hectares da área onde vivem indígenas da etnia Krepumkateyê.
Além disso, os suspeitos foram obrigados a recompor os danos causados na Reserva Indígena Toco Preto. Entretanto, segundo a PF, os alvos não cumpriram a determinação judicial e continuaram praticando crimes na área.
Mandados foram cumpridos em Itaipava do Grajaú (MA) e Arame (MA)
Divulgação/Polícia Federal
Durante a operação, os policiais apreenderam celulares, motosserras, armas de fogo e munições. Os aparelhos eletrônicos serão periciados.
De acordo com a PF, os investigados podem responder criminalmente por desmatamento e exploração da floresta nativa em domínio público, para fins comerciais, além de adquirir produtos de origem vegetal sem licença devida e sem autorização de órgãos competentes, para fins comerciais.
Caso sejam condenados, as penas máximas somadas ultrapassam aos 12 anos de prisão.

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