Investigações apontam que Perillo reconheceu um instituto suspeito, permitindo assim, contratos com o estado. Suspeitas recaem também sobre ex-secretário de Saúde e aliados. A operação que mira o atual presidente do PSDB, Marconi Perillo – ex-senador e ex-governador de Goiás – rastreou o caminho do dinheiro de contratos ilegais.
A investigação verificou , a partir de relatórios bancários, que essa validação de Perillo que uma organização social se beneficiasse de contratos quando o político governava o estado.
Em seguida, teriam havido repasses para pessoas próximas a Perillo e ao ex-secretário de Saúde de Goiás, Antonio Faleiros Filho.
Ex-governador de Goiás é alvo de busca da PF em operação
O blog apurou que, como governador, Marconi Perillo reconheceu o Instituto Gerir como organização social – apesar de a entidade existir há pouco tempo e não ter experiência em contratos com o governo.
Mais: a suspeita é que os administradores do Instituto Gerir eram ex-funcionários de um empresário que já era conhecido do governo de Goiás e tinha conseguido diversos contratos sem licitação, sem ter ninguém para concorrer.
Ainda segundo as investigações, ficou comprovado, por meio de análises bancárias, que pessoas próximas do governador e do ex-Secretário de Saúde, Antônio Faleiros Filho, recebiam valores oriundos dos contratos.
Operação em GO e DF
A operação Panaceia foi realizada na manhã desta quinta-feira (6) e sequestrou mais de R$ 28 milhões dos investigados.
Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Goiânia e um em Brasília. Os mandados e o sequestro do dinheiro foram determinados pela Justiça.
Ao g1, a PF explicou que ainda não foi contabilizado o valor desviado, mas pontuou que pode ser ainda maior que os R$ 28 milhões sequestrados dos investigados.
O g1 entrou em contato com a assessoria do político Marconi Perillo, que era o governador de Goiás na época dos desvios, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Como o nome da organização não foi divulgado pela polícia, a reportagem não conseguiu localizá-la para um posicionamento sobre o caso.
O governo de Goiás afirmou que a Organização Social nunca prestou serviços à atual gestão e que, a partir de 2019, “foram implementados a controles internos para garantir a transparência na aplicação dos recursos públicos” com o objetivo de impedir desvios de recursos.