Lucas Ribeiro Machado voava de parapente em Guarujá (SP) quando colidiu no ar com o pai do amigo que fazia aniversário. Testemunha prestou depoimento à Polícia Civil. Lucas Ribeiro Macedo comemorava o aniversário de um amigo voando de parapente quando sofreu o acidente em Guarujá (SP)
Reprodução/Instagram
Lucas Ribeiro Machado, o tatuador de 32 anos morto após sofrer um acidente enquanto voava de parapente em Guarujá, no litoral de São Paulo, praticava o esporte para comemorar o aniversário de Henrique Vargas Silva, um amigo que testemunhou o caso. A vítima publicou um vídeo minutos de morrer relatando que estava com medo de voar, apesar de ter licença para pilotar o equipamento.
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Conforme registrado em boletim de ocorrência (BO), Lucas colidiu no céu com Fabio Donizete Da Silva, de 55, que é pai do instrutor de parapente Henrique Vargas Silva, de 33. Os três voavam em equipamentos diferentes quando o acidente aconteceu.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Lucas Ribeiro e Fábio Donizete caíram em cima de um prédio no Centro de Guarujá (SP). O tatuador despencou para o térreo do edifício, enquanto o outro ficou preso “enroscado” nos equipamentos no topo, ainda segundo a corporação. Henrique não se feriu.
Acidente entre parapentes ocorreu em Guarujá (SP)
Redes sociais
Em depoimento à Polícia Civil, registrado no BO, Henrique Vargas Silva afirmou ter testemunhado o acidente entre o pai e o amigo. O instrutor de parapente acrescentou que, em determinado momento, viu Lucas fazendo uma curva próxima a Fábio.
Desta forma, o corpo de Lucas ficou enroscado nas linhas do parapente de Fábio, ainda segundo o depoimento. Henrique também disse à Polícia Civil que gritou para que o amigo lançasse o equipamento reserva, mas ele não atendeu o pedido e seguiu em direção ao prédio junto com o pai.
Testemunha
O instrutor de parapente afirmou que o pai dele caiu dentro da cobertura, sendo arrastado pela construção até parar em um guarda-corpo onde ficou preso. Apesar disso, Lucas foi “arremessado” para fora do edifício e, quando as linhas do parapente se romperam, caiu do prédio.
Agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentaram reanimar Lucas, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Fábio foi socorrido e, conforme apurado pelo g1, deslocou um braço, mas passa bem. Ele foi encaminhado ao Hospital Guarujá.
Henrique afirmou, por fim, que tanto Lucas quanto Fábio eram habilitados para voar de parapente, uma vez que o tatuador era piloto formado e o pai dele fazia o curso de formação.
Homem foi resgatado após cair de paraglider próximo ao Morro do Maluf, em Guarujá (SP)
Matheus Croce/TV Tribuna
Momento do acidente
Um vídeo obtido pelo g1 mostra o momento do acidente. Nas imagens, é possível ouvir diversas testemunhas gritando enquanto os dois despencavam em alta velocidade. No início do conteúdo, eles aparecem no céu, mas em menos de dez segundos, sofrem a queda.
O tenente Felipe Brilhante, do Corpo de Bombeiros, afirmou no local da ocorrência que o sobrevivente estava consciente e, ao ser socorrido, explicou ter “trombado” com Lucas no início do voo. Ainda segundo o relato, ambos se “enroscaram” no ar e caíram em cima do edifício.
“Um que se enroscou na parte superior [caminhoneiro] ficou por ali mesmo e o segundo [Lucas] teve a queda livre até o solo”, explicou o tenente, em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada da Globo.
Vídeo mostra queda de parapentes em Guarujá
Medo antes do voo
Lucas Ribeiro Macedo gravou um vídeo minutos antes do acidente. Nas imagens, a vítima relatou que estava com medo porque não voava há quase um ano (assista abaixo).
“Já estou como? Todo me cagando, faz ‘mó’ tempo que não voo, barriga assim ó [mexendo], coração disparadíssimo, mas bora”, disse Lucas, no vídeo.
Nas redes sociais, ele também compartilhou com os seguidores que acordou “frio na barriga”. Apesar disso, ele disse que estava ansioso para praticar o esporte novamente. “Faz quase um ano que eu não voo”, complementou.
Vídeo mostra piloto de parapente que morreu após colisão dizer que estava com medo de voar
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