Osil Vicente Guedes, de 49 anos, foi brutalmente espancado no meio da rua em Guarujá. A princípio, a motivação do crime foi atribuída a uma falsa acusação de furto, mas foi descartada, sendo relacionada a um conflito com a ex-companheira. Osil Vicente Guedes morreu após ser brutalmente agredido no litoral de São Paulo. Vítima aparece à esquerda sendo arrastada e à direita.
Reprodução
A Polícia Militar prendeu um homem de 30 anos, envolvido na morte de Osil Vicente Guedes, de 49 anos, que foi espancado com socos, capacetadas e pauladas no meio da rua em Guarujá, no litoral de São Paulo. Este é o segundo detido pelo crime, enquanto um terceiro segue foragido.
Inicialmente, os policiais que atenderam a ocorrência disseram que a motivação para crime havia sido uma falsa acusação de furto, mas a hipótese foi descartada. O caso de homicídio foi ligado a um relacionamento problemático de Osil com a ex.
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As agressões aconteceram em 3 de maio de 2023, entre a Rua Tambaú e a Avenida Oswaldo Cruz, no distrito de Vicente de Carvalho. À época, a Polícia Militar informou ter sido acionada para atender uma ocorrência em que um homem era agredido com pedras e um pedaço de madeira.
Osil chegou a ser socorrido ao Hospital Santo Amaro (HSA), mas teve a morte encefálica confirmada quatro dias depois.
Depois do Crime, a Polícia Civil descobriu que Osil havia sido expulso da PM de Pernambuco em 2010 após ter sido preso por suspeita de integrar um grupo de extermínio.
Dois presos
Homem foi filmado enquanto dava pauladas na vítima, em Guarujá (SP)
Reprodução e @21.bpmi/Instagram
O g1 apurou com a Polícia Civil que o Ministério Público denunciou três pessoas envolvidas no crime. Um deles já está preso desde janeiro de 2024, enquanto o outro, ex-cunhado da vítima, segue foragido. Ambos já foram pronunciados, ou seja, serão levados a júri popular.
O terceiro suspeito foi detido na última sexta-feira (31), sendo o segundo a ser preso por participação no crime. A prisão ocorreu após a PM localizá-lo durante um patrulhamento na Avenida Mário Daige, no bairro Jardim Boa Esperança. O homem estava pedalando na contramão e acelerou ao notar a viatura.
Ele foi abordado e, durante a pesquisa criminal, os policiais constataram que havia um mandado de prisão em aberto por homicídio. O homem foi encaminhado à delegacia, onde permaneceu à disposição da Justiça.
Sobre o crime
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Um motorista registrou em vídeo a agressão ocorrida em 3 de maio de 2023 (assista acima). As imagens mostram Osil, vestindo uma camiseta vermelha, sentado no meio da rua e cercado por três homens. Um deles, usando camiseta branca e boné, golpeia a vítima na cabeça com um capacete.
Em seguida, outro agressor dá um tapa na nuca de Osil, puxa a camiseta e o empurra em direção à guia. Após cair sentado, a vítima é atingida novamente na cabeça com um pedaço de madeira, ficando inconsciente no asfalto.
Enquanto filmava a violência, o autor do vídeo disse: “Não está bom para ladrão de moto, não. Ladrão de moto está se lascando”. Inicialmente, a investigação seguia a hipótese de que Osil teria furtado uma motocicleta, mas a polícia logo descartou essa possibilidade, como mencionado no início do texto.
Investigação
De acordo com o delegado Rubens Eduardo Barazal, que conversou com o g1 na época do crime, o homem que afirmou em vídeo que Osil estava sendo espancado por roubar uma moto estava equivocado. As imagens da agressão viralizaram nas redes sociais.
“Acho que ele foi induzido ao erro. Na situação, talvez, por equívoco, ele tenha achado que se tratava de um furto e que pegaram o cara e começaram a bater nele”. Com o avanço da investigação, a polícia descartou essa hipótese.
“Muito provavelmente ocorreu por conta de um ato ligado a um relacionamento problemático que ele tinha com a ex. Um ex-cunhado dela está entre os autores do espancamento”, disse o delegado.
A Polícia Civil identificou três suspeitos de espancarem Osil. “Já havia ocorrido uma primeira agressão contra o Osil, quando ele teria ido à casa da ex-namorada, um ou dois dias antes do espancamento”, contou o delegado.
Versão da família
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O irmão de Osil, em depoimento no 2º Distrito Policial (DP) de Guarujá, afirmou que teve acesso ao celular da vítima, e que havia uma mensagem de voz dela falando que ele teve uma briga com a ex-companheira, que era psicóloga.
No aplicativo de mensagens, ainda segundo o irmão, também existiria um áudio em que Osil diz que ‘tinha tomado uma surra’ a mando da mulher, o que teria motivado a última briga do casal.
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