17 de novembro de 2024

Pobreza pode aumentar em 3 vezes o risco de doenças mentais


Os dados são do relatório “Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental”, divulgado pela Organização das Nações Unidas Pobreza eleva em 3 vezes risco de surgimento de ansiedade e depressão
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Pessoas em situação de pobreza têm três vezes mais chances de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade, esgotamento e depressão. É o que aponta o relatório “Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental”, divulgado pela Organização das Nações Unidas. Estima-se que 11% da população mundial sofre de algum tipo de transtorno mental.
O novo relatório aponta que condições de trabalho precárias agravam ainda mais a saúde mental e colaboram para isso o medo do desemprego, a falta de poder de negociação com os patrões, baixos salários e elevadas jornadas de trabalho.
“Relações profissionais onde o trabalhador fica disponível sob demanda, sem saber ao certo os dias e horários que deverá cumprir suas metas, estão sendo avaliadas como prejudiciais à saúde mental por comprometer o equilíbrio adequado entre a vida familiar e a vida profissional, o que pode resultar em um aumento significativo dos diagnósticos de depressão e ansiedade”, pontuou Suzana Lyra (CRP03/9748), Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN).
Os estudos chamam atenção também para a ansiedade climática, onde grandes tragédias climáticas como inundações, secas extremas, temporais e outros, destroem as fontes de renda da população, provocando insegurança financeira e, consequentemente, ansiedade.
“Já se foi o tempo que o senso comum, de forma preconceituosa, entendia a depressão como uma ‘doença de rico’. Estamos falando de uma questão de saúde pública, inclusive já se fala em uma epidemia de depressão e ansiedade no mundo, sobretudo entre os mais pobres. Campanhas e alertas que reforcem os cuidados com a saúde mental são cada vez mais necessários”, concluiu.
Como ações efetivas de combate, o relatório das Nações Unidas propõe que os governos adotem medidas que reduzam as desigualdades e inseguranças, como políticas de renda básica universal (valor mínimo a que todos teriam direito para afastar a ameaça da pobreza), apoio a economia social e solidária e alterações do mundo do trabalho.
Responsável Técnica: Dra Suzana Lyra (CRP03/9748), Neuropsicóloga.

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