10 de janeiro de 2025

Polícia busca entender em que momento menino de 4 anos entrou em piscina e se afogou no Rio

Kaique Gabriel Lima da Silva estava em um salão de festas com a mãe, na noite de segunda-feira (3), quando saiu para brincar com outras crianças e não foi mais visto. Laudo apontou que ele sofreu asfixia por afogamento. Polícia tenta descobrir causa da morte de menino encontrado em casa de festas em Santa Cruz
A Polícia Civil investiga a morte do menino Kaique Gabriel Lima da Silva, de 4 anos, que foi encontrado morto dentro de uma piscina de um salão de festas em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (5).
De acordo com o delegado titular da 36ª DP (Santa Cruz), o foco é apurar em que momento o menino entrou na piscina e se afogou, já que a família afirma que ele estava do lado de fora brincando com outras crianças na noite de segunda (3).
Em depoimento, a mãe disse que achava que ele estava dormindo na casa de uma tia, já que ele tinha esse costume.
Ele só foi encontrado mais de 24 horas depois, na madrugada desta quarta. O corpo da criança estava dentro da piscina da mesma casa de festas onde ele estava antes de sumir. Ainda não há informações sobre o que aconteceu nesse período.
O laudo do Instituto Médico-Legal afirma que o garoto morreu por asfixia mecânica causada por afogamento.
“Quando se constata que morreu por asfixia, a pessoa que não tem conhecimento sobre o assunto associa diretamente a um crime. Até pode ser, mas não necessariamente. As circunstâncias desse caso ainda não indicam uma conduta criminosa”, explica o delegado Edézio Ramos.
“Não há nenhum sinal de que ele foi submetido a algum tipo de violência, não temos essa informação até o momento. Estamos reunindo outros elementos para montar esse quebra-cabeça e entender em que momento ele voltou para a piscina”, disse.
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O que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso
Kaique Gabriel Lima da Silva
Reprodução
Polícia investiga negligência
Segundo o delegado, eventuais negligências cometidas pela família e pelos responsáveis do estabelecimento serão investigadas durante o inquérito, que deve ser concluído em um mês.
“Ele morreu afogado, isso é um fato, o que serão analisadas serão as circunstâncias disso. A água da piscina estava muito turva. Quando uma pessoa se afoga, a tendência é, em um primeiro momento, ir para o fundo. A criança estava no fundo e depois de um momento emergiu. Isso é o que está sendo analisado. Sabemos que ela passou algumas horas sem vida dentro da água”, complementa o delegado.
‘Meu parceirão’, diz pai
Kaique Gabriel e o pai
Reprodução
O pai da criança, ao saber da morte, ficou desolado. A mãe precisou ser medicada, de acordo com parentes.
“Ele era meu filho amado. O mais novo de 2 filhos. Muito carinhoso, meu parceirão”, disse o encarregado de açougue, Marco Aurélio de Paula Lima, de 38 anos.
Marco Aurélio e a mãe do menino são separados, mas ele diz que falava com o filho todos os dias.
“Eu não moro com a mãe dele. Mas nos falávamos todos os dias. No último dia que estivemos juntos, no domingo, ele pediu para morar comigo. Ele implorou para morar comigo. Implorou para não ir embora”, conta.
Ele contou que Kaique sumiu por volta das 22h da segunda-feira. Mas que a mãe só foi dar falta do menino às 14h desta terça (4).
“Eu não sei o que aconteceu. A mãe dele me disse que estavam em uma festa de família, em um salão lá do Rollas, e meu filho saiu”, narrou.
“Como ele tinha costumes de dormir na casa de uma prima que é perto, a mãe dele achou que ele tinha ido para lá. Mas eles só notaram que ele não foi às 14h de ontem [terça], quando a irmã dele foi buscá-lo. A partir daí, passamos a procurá-lo”, prosseguiu.
“Fizemos uma força-tarefa, vasculhamos tudo e nada. Inclusive, olhamos no salão de festas onde ele tinha ido”, lembrou Marco Aurélio.
Corpo de menino Kaique Gabriel Lima da Silva foi encontrado em casa de festas na manhã desta quarta (5)
Arquivo pessoal

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