Ocorrência foi registrada por torcedora colorada que pediu para tirar foto com mascote. Funcionário afastado do Internacional já era investigado por abraçar e beijar repórter sem consentimento durante clássico Grenal, em Porto Alegre. Mascote Saci, do Internacional
Sport Club Internacional/Divulgação
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apura uma segunda ocorrência de importunação sexual aberta contra o intérprete do mascote do Internacional. O caso foi registrado por uma torcedora colorada, na segunda-feira (4), e teria ocorrido no dia 25 de fevereiro, antes de um jogo entre Internacional e Grêmio. O suspeito, que não teve o nome divulgado pelas autoridades, já é investigado por abraçar e beijar sem consentimento uma jornalista, durante o mesmo clássico Grenal.
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Segundo a delegada Cristiane Ramos, diretora da Divisão de Proteção à Mulher (DIPAM) da polícia, o caso teria ocorrido antes do início da partida.
“Trata-se de uma torcedora do Inter, usando a camiseta do Inter, que narrou que sofreu essa importunação sexual no momento em que ela foi solicitar uma foto com o mascote”, afirma.
O Internacional afastou o funcionário, que está impedido de se aproximar da repórter por ordem da Justiça. Caso o homem descumpra a medida protetiva, ele poderá ser preso. Ele prestou depoimento à Polícia Civil, mas o teor das declarações não foi divulgado para não prejudicar as investigações.
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Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Internacional
Relembre o caso
A jornalista Gisele Kümpel, do Canal Monumental, relatou ter sido abraçada e beijada sem consentimento pelo funcionário do Internacional logo após a equipe colorada ter marcado o gol da vitória contra o Grêmio.
“Quando sai o gol, em vez de comemorar com a torcida, ele vem e para do meu lado. Eu estava relatando o lance para o canal e ele vem e me abraça de lado. Fecha os dois braços em mim e fica alguns segundos. Não foi um tapinha nas costas. E ele, com a máscara, vem para me dar um beijo. Senti o suor dele em mim e o barulho do beijo”, conta a repórter.
Gisele conta que, depois do caso, que aconteceu nos últimos instantes da partida, ficou paralisada, com o que considera que possa ter sido uma crise de pânico. A repórter foi à delegacia da Polícia Civil no Estádio Beira-Rio e registrou um boletim de ocorrência contra o funcionário.
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A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu, no dia 3 de março, uma medida protetiva à repórter Gisele Kümpel. O caso tramita sob segredo de Justiça; no entanto, o g1 apurou que o intérprete do mascote fica:
impedido de se aproximar da jornalista, da casa dela e de onde ela trabalha em um limite de 300 metros;
impedido de manter contato, seja telefônico ou por meios eletrônicos com Gisele;
impedido de expor a repórter, seja por meio de mensagens, fotos ou vídeos nas redes sociais ou a terceiros.
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