25 de dezembro de 2024

Polícia do RS investiga intérprete de mascote do Inter por novo caso de importunação sexual

Ocorrência foi registrada por torcedora colorada que pediu para tirar foto com mascote. Funcionário afastado do Internacional já era investigado por abraçar e beijar repórter sem consentimento durante clássico Grenal, em Porto Alegre. Mascote Saci, do Internacional
Sport Club Internacional/Divulgação
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apura uma segunda ocorrência de importunação sexual aberta contra o intérprete do mascote do Internacional. O caso foi registrado por uma torcedora colorada, na segunda-feira (4), e teria ocorrido no dia 25 de fevereiro, antes de um jogo entre Internacional e Grêmio. O suspeito, que não teve o nome divulgado pelas autoridades, já é investigado por abraçar e beijar sem consentimento uma jornalista, durante o mesmo clássico Grenal.
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Segundo a delegada Cristiane Ramos, diretora da Divisão de Proteção à Mulher (DIPAM) da polícia, o caso teria ocorrido antes do início da partida.
“Trata-se de uma torcedora do Inter, usando a camiseta do Inter, que narrou que sofreu essa importunação sexual no momento em que ela foi solicitar uma foto com o mascote”, afirma.
O Internacional afastou o funcionário, que está impedido de se aproximar da repórter por ordem da Justiça. Caso o homem descumpra a medida protetiva, ele poderá ser preso. Ele prestou depoimento à Polícia Civil, mas o teor das declarações não foi divulgado para não prejudicar as investigações.
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Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Internacional
Relembre o caso
A jornalista Gisele Kümpel, do Canal Monumental, relatou ter sido abraçada e beijada sem consentimento pelo funcionário do Internacional logo após a equipe colorada ter marcado o gol da vitória contra o Grêmio.
“Quando sai o gol, em vez de comemorar com a torcida, ele vem e para do meu lado. Eu estava relatando o lance para o canal e ele vem e me abraça de lado. Fecha os dois braços em mim e fica alguns segundos. Não foi um tapinha nas costas. E ele, com a máscara, vem para me dar um beijo. Senti o suor dele em mim e o barulho do beijo”, conta a repórter.
Gisele conta que, depois do caso, que aconteceu nos últimos instantes da partida, ficou paralisada, com o que considera que possa ter sido uma crise de pânico. A repórter foi à delegacia da Polícia Civil no Estádio Beira-Rio e registrou um boletim de ocorrência contra o funcionário.
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A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu, no dia 3 de março, uma medida protetiva à repórter Gisele Kümpel. O caso tramita sob segredo de Justiça; no entanto, o g1 apurou que o intérprete do mascote fica:
impedido de se aproximar da jornalista, da casa dela e de onde ela trabalha em um limite de 300 metros;
impedido de manter contato, seja telefônico ou por meios eletrônicos com Gisele;
impedido de expor a repórter, seja por meio de mensagens, fotos ou vídeos nas redes sociais ou a terceiros.
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