Thiago Moreira recebeu há uma semana sentença de 25 anos de prisão por atirar em vítima em 2003. Defesa alega que ele sofre de problemas psiquiátricos e está internado. A Polícia Civil informou que faz buscas para encontrar e prender o ex-carcereiro Thiago Ferreira da Silva Moreira, condenado há uma semana, a 25 anos de prisão, por assassinar o jovem Thiago Xavier de Stefani em Ribeirão Preto (SP). O crime foi em maio de 2023.
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Moreira é apontado como o autor dos disparos. Segundo as investigações, ele agiu a mando do ex-policial civil Ricardo José Guimarães, também condenado no júri popular da última semana, mas a 30 anos de prisão.
Durante o processo e julgamento, a defesa de Thiago alegou que ele sofre de esquizofrenia paranoide e estava internado em uma clínica. Por conta disso, iria recorrer da sentença.
No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou nesta terça-feira (4) que o mandado de prisão contra o réu segue em aberto e que não há pedido de habeas corpus protocolado. Já a Polícia Civil disse que realiza buscas para o cumprimento do mandado.
O g1 não conseguiu novo contato com o advogado Fábio Cunha Loureiro, que defende Thiago.
O ex-carcereiro Thiago Ferreira da Silva Moreira, condenado a 25 anos de prisão por assassinar o jovem Thiago Xavier de Stefani em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/EPTV
Como foi o julgamento?
O júri durou cerca de 13 horas e decidiu por condenar os réus por homicídio doloso, motivo torpe e sem chance de defesa à vítima. Presidente do júri, o juiz José Roberto Bernardi Liberal determinou que os dois cumpram a pena imediatamente.
Guimarães participou do julgamento e negou qualquer envolvimento no crime. Após a sentença, ele voltou ao presídio em Tremembé (SP), onde já cumpria pena. Já Thiago Moreira não compareceu, uma vez que está internado devido ao problema psiquiátrico.
Os advogados Antônio Carlos de Oliveira, que defende o ex-policial, e Fábio Cunha Loureiro, que representa Moreira, informaram que recorreriam da decisão.
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Sentença pode mudar?
O advogado Leonardo Afonso Pontes, que não atua no caso, explica que, caso a doença do réu seja comprovada, a sentença pode mudar, e ele ter de cumprir outro tipo de pena.
“Essa alegação veio acompanhada de documentos médicos, receituários e prescrições. Se essa enfermidade relatada no processo for confirmada e se a Justiça entender que não é o caso de recolher e manter essa pessoa presa em um estabelecimento prisional comum, ela poderá ser alocada em outro estabelecimento, mas isso depende de uma nova decisão judicial.”
Já o advogado da família da vítima, Eugênio Malavasi, afirmou que a expectativa é pela prisão de Thiago Moreira.
“A expectativa da família é o cumprimento do mandado de prisão, que ainda não foi cumprido. Sobretudo a mãe aguarda ansiosamente para ter uma tranquilidade espiritual maior, já com a condenação ela já teve, mas com a determinação judicial da prisão, ela terá uma tranquilidade espiritual maior com o cumprimento do mandado de prisão.”
Crime por ciúme
Segundo o Ministério Público, Stefani foi morto a tiros em casa, no bairro Jardim Independência, zona Norte da cidade, por ciúmes, já que havia se relacionado com uma mulher que mantinha contato com Guimarães.
Moreira, segundo a acusação, é quem fez os disparos que mataram Stefani a mando do então investigador de polícia. A denúncia do Ministério Público diz ainda que, para mascarar o crime, Guimarães plantou drogas e armas na casa da vítima.
Em 2003, Thiago Xavier de Stefani foi morto a tiros em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
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de. O alto número de homicídios registrado na época levou o Ministério Público a investigar a existência eum grupo de extermínio na cidade.