Segundo a Secretaria da Segurança Pública, foram apreendidos objetos e documentos de interesse da investigação nesta quarta-feira (4). Vinicius Gritzbach foi assassinado em 8 de novembro no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Delator do PCC foi executado no aeroporto de Guarulhos
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A Polícia Civil fez nesta quarta-feira (4) novas buscas no apartamento de Vinicius Gritzbach, delator do PCC que foi executado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram apreendidos objetos e documentos de interesse da investigação.
Ainda conforme a SSP, a namorada de Vinicius, testemunha do crime, compareceu na terça-feira (3) na unidade e prestou um depoimento complementar. Detalhes sobre o que foi apreendido e o conteúdo do depoimento não foram divulgados.
Retrato falado
Exclusivo: Jornal Nacional tem acesso ao retrato falado de um dos suspeitos de matar delator do PCC no aeroporto em SP
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Em abril de 2024, Gritzbach assinou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público em que se comprometia a denunciar integrantes do PCC e policiais corruptos.
O Jornal Nacional conseguiu com exclusividade o retrato falado de um dos suspeitos de matar o delator do PCC.
O retrato mostra o rosto de um dos homens que os investigadores do Departamento de Homicídios de São Paulo tentam identificar. Ele aparece nas imagens, captadas por diferentes câmeras de segurança, minutos depois do assassinato de Vinícius Gritzbach.
Para tentar chegar aos assassinos, os policiais refizeram parte do caminho percorrido por eles durante a fuga. O carro usado na ação foi abandonado em uma rua, a 6 quilômetros do aeroporto, porque ferveu e o motor parou de funcionar. Segundo a polícia, dali os assassinos seguiram a pé.
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Depois de se livrar das armas usadas no crime, continuaram caminhando, sempre mantendo distância um do outro e com a cabeça baixa, para dificultar a identificação. Quando chegaram a um ponto, os assassinos entraram em um ônibus.
Não é possível ver com nitidez o rosto do primeiro. Logo atrás aparece o homem de boné.
Até agora, a polícia identificou dois suspeitos de participação no crime. Kauê do Amaral Coelho seria o “olheiro”, responsável por avisar os executores sobre a chegada de Gritzbach no aeroporto. Matheus Augusto de Castro Mota teria fornecido os carros usados pela quadrilha. A Justiça decretou a prisão deles, que estão foragidos.
Justiça decreta prisões de suspeitos
Kauê do Amaral Coelho, suspeito de participação no assassinato do delator do PCC
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Tanto Matheus quanto Kauê tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça a pedido das autoridades. A Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Ministério Público integram o grupo que investiga o caso.
A secretaria ainda informou que está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações que possam levar a polícia a prender Kauê. Ele tem 29 anos e já teve passagens anteriores na Justiça por suspeita de tráfico de drogas.
A equipe de reportagem tenta contato com as defesas de Kauê e Matheus para comentarem o assunto.
Atiradores fugiram de ônibus
Atiradores fugiram em ônibus após matarem delator do PCC em aeroporto, aponta investigação da polícia
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As autoridades ainda tentam identificar os dois executores que mataram Vinicius. Eles aparecem nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto usando capuzes e atirando na vítima com fuzis. Depois fogem num carro preto que é dirigido por outra pessoa. O motorista também não foi identificado.
Antes de fugirem no ônibus, os executores tinham escapado do aeroporto num carro dirigido por um motorista do bando. Os três abandonaram o veículo a 3 quilômetros do local do ataque. Também deixaram as armas próximas. O automóvel e os fuzis foram apreendidos pela polícia.
A câmera de monitoramento de um ônibus gravou o momento em que os dois atiradores entram sem máscaras no coletivo. A força-tarefa analisa essas imagens para saber quem eles são.
Quem tiver informações ou pistas que levem aos criminosos pode telefonar para o Disque-Denúncia pelo número 181. Não é preciso se identificar.
Hipóteses para o crime
Polícia tenta identificar assassinos que executaram o delator do PCC
Além de Vinicius, um motorista de aplicativo foi atingido pelos disparos no aeroporto e também morreu. Outras três pessoas que estavam no local ficaram feridas.
A força-tarefa investiga o caso e tenta identificar os assassinos, saber quem mandou matar Vinicius e qual é o motivo do homicídio.
Antes de ser morto, o empresário havia feito um acordo de delação premiada homologado pela Justiça para denunciar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) por lavagem de dinheiro e acusar agentes de segurança pública por corrupção.
Vinicius era réu em processos de homicídio contra dois membros do PCC e por fazer lavagem de dinheiro para a facção. Ele respondia aos crimes em liberdade.
Em abril, a Justiça homologou uma delação premiada dele com o Ministério Público. O acordo permitiria que o empresário tivesse redução das penas no caso de condenações. Em troca, ele denunciou integrantes da facção por lavagem de dinheiro e agentes de segurança por extorsão.
Entre as principais hipóteses apuradas para tentar esclarecer o crime estão as suspeitas de envolvimentos de integrantes da facção criminosa, de policiais civis e um agente penitenciário denunciados por Vinicius, de policiais militares da escolta pessoal do empresário e um de seus devedores.
Mandados
Delator do PCC revelou a juiz que já havia sido sequestrado e ameaçado pela facção
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Vinicius trabalhava no ramo imobiliário, tinha segurança particular e já havia sido ameaçado antes por alguns de seus desafetos.
Todos os agentes da segurança privada de Vinicius estão afastados preventivamente pela pasta da Segurança. Além de fazerem bico como seguranças, o que é proibido pela corporação, eles são investigados por suspeita de participação no assassinato do empresário.
Nesta sexta-feira (22), a Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão e prisão contra Matheus e Kauê. Ela também foi para imóveis ligados aos procurados em cumprimento a oito mandados judiciais de busca e apreensão.
A Polícia Militar também foi para nove endereços relacionados aos policiais que faziam a escolta de Vinicius para apreender telefones e computadores. Um celular foi apreendido. Os agentes investigados respondem em liberdade.
Durante a operação, um revólver foi apreendido com uma terceira pessoa, que foi autuada em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. As buscas continuam para deter os dois suspeitos já identificados e as investigações prosseguem, sob sigilo.
Agentes da PM que faziam a segurança de Vinicius e policiais civis que ele denunciou na delação premiada foram afastados preventivamente pela SSP.
Até o momento nenhum suspeito pelo crime foi preso. Apesar disso, uma pessoa acabou detida durante as buscas porque era procurada pela Justiça por outro caso.
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