21 de setembro de 2024

Polícia faz perícia em ‘dark room’ de boate onde estrangeira denunciou estupro coletivo e já tem pistas de suspeito

Universitária de 25 anos contou que conheceu um rapaz na boate e aceitou ir com ele a um espaço mais reservado, conhecido como ‘dark room’, e lá foi abusada por vários homens. Boate Portal, na Lapa, onde teria ocorrido estupro coletivo de estrangeira
Reprodução
A Delegacia de Atendimento à Mulher do Centro do Rio fez uma perícia na noite desta quarta-feira (3) na boate Portal Club, onde uma estrangeira denunciou ter sofrido um estupro coletivo na Lapa, no último domingo (31).
Um dos locais vistoriados foi o “dark room” (quarto escuro) do estabelecimento – lugar mais reservado onde teriam acontecido os abusos.
A jovem de 25 anos contou que conheceu um rapaz na festa que a chamou para o espaço. No quarto, ela afirma que foi violentada por outros homens. Disse ainda que acredita que os suspeitos sejam amigos do rapaz que ela conheceu na boate.
‘Dark room’ de boate onde teria ocorrido estupro coletivo na Lapa
Reprodução
A boate entregou imagens do circuito interno de câmeras para a polícia. Os investigadores já têm pistas do suspeito de ter levado a jovem para o quarto escuro.
‘Ainda estou em choque’
Polícia procura pelos homens que estupraram estudante estrangeira
A mulher que denunciou o estupro coletivo deu uma entrevista ao RJ2 e falou sobre o que aconteceu no domingo.
“Ainda estou em choque. Eu estou processando tudo. Mas foi muito difícil pra mim”, disse a estudante ao RJ2. “Eu tinha entendido que era o lugar mais seguro do Rio, essa boate. Então, eu fiquei tranquila, que não podia acontecer nada disso”, acrescentou.
A estudante chegou a falar que perdeu a consciência durante o abuso e, assim que conseguiu, chamou pela amiga.
Mulher prestou depoimento na Deam do Centro
TV Globo
Elas contaram que pediram suporte aos funcionários da boate, mas denunciam que os seguranças tentaram convencê-las a não procurar a polícia.
A boate é vizinha de três delegacias na Rua do Lavradio. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) fica a apenas 600 metros de distância.
Nesta terça-feira (2), a jovem procurou a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) e foi até a delegacia registrar o crime. Ela prestou depoimento e fez exame de corpo de delito.
A polícia disse que tenta identificar os suspeitos e está buscando imagens de câmeras de segurança.
A estudante contou que já tinha passagem comprada para sair do Rio. O destino era a Bahia, onde passaria 1 ano estudando língua portuguesa. Mas, após registrar o caso, disse que desistiu de estudar no Brasil e vai voltar para casa.
“Eu estava sim, de férias. Eu confiei.”
O que diz a boate
A boate Portal Club disse que repudia veementemente o crime e que nunca irá apoiar qualquer tipo de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres. O estabelecimento destacou que acolheu a vítima e informou que vai fornecer as imagens do circuito de câmeras da boate para a polícia.
Boate Portal Club, na Lapa
Reprodução/TV Globo

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