20 de setembro de 2024

Polícia Federal apreendeu carro de luxo avaliado em R$ 1 milhão durante operação que apura venda de sentenças no Tocantins

Nome do dono do veículo e a ligação dele com as investigações não foram divulgados. Veículo é tão exclusivo que o modelo sequer aparece na tabela Fipe. Cadillac Escalade apreendido durante operação da PF em Palmas
Wilton Dias/TV Anhanguera
Um veículo Cadillac Escalade avaliado em aproximadamente R$ 1 milhão foi apreendido pela Polícia Federal durante o cumprimento dos mandados de busca da operação Máximus, que investiga suposto esquema de venda de sentenças na Justiça do Tocantins.
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O veículo foi apreendido na sexta-feira, 23 de agosto, durante buscas em endereços de pessoas ligadas a desembargadores do Tribunal de Justiça do Tocantins. O carro foi levado para a sede da Polícia Federal e depois transferido para outro local não informado.
O nome do dono do veículo e a ligação dele com as investigações não foram divulgados. Por isso, o g1 não conseguiu contato com a defesa do investigado.
O Cadillac Escalade é um SUV de luxo tão exclusivo que o modelo sequer aparece na tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O preço do carro seria o praticado pelo mercado, uma vez que não é oficialmente vendido pela marca no Brasil. Veículos com mesmo ano e modelo foram colocados à venda recentemente com preços que variam entre R$ 890 mil e mais de R$ 1 milhão.
Com mais de 5 metros de comprimento, o carro é equipado com um motor V8 de 690 cv de potência. Mesmo pesando 2.820 kg, acelera de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos.
Cadillac Escalade é apreendido em Operação Maximus da Polícia Federal
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Operação Máximus
A operação Máximus investiga suposto esquema de venda de sentenças no judiciário do Tocantins. O desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e o juiz José Maria Lima, ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), foram afastados dos cargos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Durante a operação, o filho do desembargador Helvécio, Thales André Pereira Maia, foi preso preventivamente. Além dele, o advogado Thiago Sulino de Castro também foi um dos alvos dos mandados de prisão.
A defesa de Helvécio e do filho não quis se posicionar sobre a operação. O g1 não conseguiu contato com a defesa do juiz ouvidor do TRE. A defesa de Thiago Sulino informou que ainda não teve acesso aos autos e por isso não iria se manifestar.
Os assessores, secretários e assistentes do gabinete de Helvécio foram exonerados pelo Tribunal de Justiça logo após o afastamento do desembargador.
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