Acidente ocorreu em outubro do ano passado, quando a trava de segurança de um brinquedo falhou e duas adolescentes ficaram feridas. Polícia investiga acidente no Park Tupã
A Polícia Civil indiciou, na tarde desta terça-feira (14), cinco pessoas no inquérito que apurou um acidente no Park Tupã, em Porto Alegre que deixou duas adolescentes, de 16 e 17 anos, feridas após a queda de um brinquedo. O caso ocorreu em outubro de 2024.
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A RBS TV apurou que foram indiciados por lesão corporal com dolo eventual os dois sócios do parque, Alvimar Rufino do Nascimento Júnior e André Martins dos Santos, e o operador do brinquedo, Heddy Hilton dos Santos Godoy.
Já os dois responsáveis técnicos pelo aparelho, Claudenilson Pereira Coelho e Luiz Fellipe Marin de Oliveira, foram responsabilizados por fornecimento de informações enganosas sobre segurança
A reportagem buscou os representantes legais dos envolvidos. A defesa do engenheiro Luiz Felipe Marim afirma que recebeu com surpresa a decisão do indiciamento, mas que vai analisar o inquérito antes de se manifestar oficialmente.
Já a defesa de Alvimar Rufino do Nascimento Junior foi contada pela reportagem, e não havia se manifestado até a mais recente atualização desta reportagem. O operador Heddy Hilton dos Santos Godoy e o técnico Claudenilson Pereira Coelho não apresentaram representantes legais, segundo a Polícia Civil. O espaço está aberto para manifestação.
Brinquedo do Park Tupã apresentou falha e deixou duas adolescentes feridas
Reprodução/RBSTV
O acidente aconteceu em outubro de 2024, quando duas adolescentes, de 16 e 17 anos, ficaram gravemente feridas após despencarem de um brinquedo, conhecido como “Orbiter”. As travas de segurança abriram durante o funcionamento do equipamento e as duas jovem caíram. A RBS TV acompanhou o caso na época. Veja a reportagem abaixo.
Uma das vítimas, de 17 anos, ainda se recupera das fraturas sofridas nas duas pernas. Logo após o acidente, a jovem passou por duas cirurgias. Ainda hoje, relata dificuldade de locomoção, uso de fraldas para necessidades fisiológicas.
Causa do acidente foi falha humana
De acordo com investigação da Polícia Civil, o laudo do Instituto-Geral de Perícias apontou falha humana como a principal causa do acidente. Não há indício de falha mecânica do equipamento, diz a Polícia.
Segundo o laudo, o sistema da válvula pneumática das travas dos assentos foi modificado, não sendo o original do equipamento. A alteração permitia que a estrutura entrasse em funcionamento sem estar totalmente travada, afirma a investigação.
Além disso, o equipamento também passou por outras alterações nas configurações originais sem a devida aprovação ou supervisão técnica exigida pelas normas da ABNT, conforme a Polícia.
Ocorreu também a desativação de um dispositivo chamado de “Sensor de Fim de Curso”, que comunica à cabine de comando se as travas estão abertas ou fechadas, concluiu a investigação.
Polícia investiga acidente no Park Tupã, em Porto Alegre
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