20 de setembro de 2024

Polícia investiga guardas municipais suspeitos de torturar adolescentes em situação de vulnerabilidade dentro de abrigo

Agentes foram denunciados por usarem spray de pimenta durante confusão no local. Polícia investiga guardas municipais de Maringá após denúncia de tortura
A Polícia Civil investiga quatro guardas municipais suspeitos de terem torturado alguns adolescentes em situação de vulnerabilidade. Segundo a investigação, o caso aconteceu no dia 18 de março, em um abrigo em Maringá, no norte do Paraná.
O local é mantido com recursos da prefeitura. Os guardas foram afastados das funções e proibidos pela Justiça de se aproximarem das vítimas.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
A RPC não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos. O g1 tenta saber quem são os advogados.
O abrigo acolhe 13 adolescentes e 2 crianças de 11 anos em situação de vulnerabilidade, sem envolvimento com infrações criminais.
De acordo com a delegada Karen Friendrich, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), houve uma confusão no abrigo e uma educadora social que trabalha na instituição chamou a Guarda Municipal.
Caso é investigado pelo Nucria de Maringá
Reprodução/RPC
Segundo a delegada, os agentes usaram spray de pimenta contra crianças e adolescentes, alguns que, inclusive, estavam dormindo.
A educadora, conforme a investigação, não teria acionado o socorro médico depois que os adolescentes começaram a passar mal por conta do spray.
Leia mais:
Apucarana: Novo modelo de faixa de pedestres chama a atenção
Pato Branco: Laudos falsos de câncer usados por médica suspeita de fraudar diagnósticos eram feitos em máquina de xerox, diz delegado
A prefeitura informou que a profissional, que é servidora municipal, pediu exoneração. Em nota, reforçou que repudia qualquer tipo de violência.
A Secretaria Municipal de Assistência Social disse que está dando suporte psicológico aos adolescentes do abrigo.
A delegada do Nucria informou que os guardas podem responder por tortura e lesão corporal. Nos próximos dias, ela deve ouvir outros educadores, técnicos e o diretor do abrigo.
Mais assistidos do g1 PR

Leia mais em g1 Norte e Noroeste.

Mais Notícias