2 de outubro de 2024

Polícia pede imagens de câmeras para identificar cliente que teria jogado suco em atendente de lanchonete em Porto Alegre

Caso teria ocorrido após funcionária informar que estabelecimento não fornecia canudos. Jovem de 19 anos disse ter se sentido ‘humilhada’ por cliente. Cliente joga bebida em atendente após ser informada que loja não fornece canudo no RS
A Polícia Civil investiga o caso de uma cliente que teria jogado suco em uma funcionária de uma lanchonete após ser informada que a loja não fornecia canudo. O episódio ocorreu em uma unidade da Mini Kalzone no Shopping Iguatemi, na Zona Norte de Porto Alegre, no sábado (28).
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Conforme o delegado Alexandre Vieira, a polícia busca identificar a cliente a partir de imagens de câmeras de segurança.
“Nós já instauramos um procedimento para apurarmos os fatos, bem como a autora que fez a agressão, que jogou o copo. Já pedi as câmeras do Iguatemi, para que preservasse [as imagens], já foi oficiado hoje de manhã [quarta-feira, 2]. Estamos atrás da identidade da autora”, relatou.
De acordo com Vieira, a atendente da lanchonete, Odara Gomes, de 19 anos, ainda não foi ouvida. A jovem está afastada do trabalho em razão de uma licença médica.
“Nós fomos lá hoje [quarta] para intimá-la na loja, e ela não foi trabalhar desde o dia que ocorreu esse fato. Ela não foi trabalhar, está muito abalada”, disse o delegado.
O caso ganhou repercussão após o relato da funcionária viralizar nas redes sociais. Com a camiseta ainda molhada, a jovem disse ter sido “humilhada” pela cliente.
“Eu acabei de ser totalmente humilhada por uma cliente. A gente não fornece canudo, eu disse para o marido dela tomar o suco com a boca e ela jogou o suco dizendo para eu tomar com a boca. E essa é a minha situação agora”, disse, no vídeo.
Cliente jogou copo de suco contra atendente após ser informada que loja não fornecia canudo em Porto Alegre
Reprodução/Redes sociais
A jovem ainda conta que em momento algum desrespeitou os clientes e que seguiu as normas da empresa, onde travalhava havia três meses.
“Trabalho em escala 6×1 e tenho um filho de 1 ano, vou trabalhar todos os dias e, nesses três meses, dei tudo de mim e sempre fui educada com os clientes, mas sofri uma humilhação (…) A cliente jogou o suco em mim e saiu correndo”, relatou.
Ela disse que gravou o vídeo com a ajuda de uma colega porque “o coordenador não estava em loja” e não teve “nenhum acolhimento a não ser dos meus colegas”.
Em nota, a Mini Kalzone afirma que “disponibilizou apoio jurídico e psicológico à colaboradora” e que “de imediato, foram tomadas as providências cabíveis ao contatarmos as autoridades competentes e segurança do empreendimento para auxiliar na identificação da agressora” (leia a íntegra da nota abaixo).
O Shopping Iguatemi afirmou, também em nota, que “tomou conhecimento do ocorrido na tarde deste sábado, numa das operações da praça de alimentação. Lamentamos profundamente o fato e reiteramos que não aceitamos condutas desrespeitosas em nossas dependências. Junto ao lojista, estamos à disposição para prestar o apoio necessário”.
Nota da empresa
“A Mini Kalzone lamenta profundamente o incidente ocorrido no dia 28 de setembro de 2024, em uma de nossas unidades franqueadas em Porto Alegre, onde nossa colaboradora foi vítima de uma agressão e humilhação inaceitáveis por parte de uma cliente. O fato teve origem na insatisfação da cliente com a política de não fornecermos canudos, adotada em estrito cumprimento à legislação local.
Desde o momento do ocorrido, nossa equipe atuou prontamente para prestar suporte necessário à colaboradora, oferecendo recursos para que ela pudesse retornar para casa em segurança e ser acolhida no ambiente familiar. Além disso, de imediato, foram tomadas as providências cabíveis ao contatarmos as autoridades competentes e segurança do empreendimento para auxiliar na identificação da agressora.
Em menos de 8 horas após o ocorrido, foi registrado um Boletim de Ocorrência, anexando as imagens de segurança da loja.
Desde o ocorrido, permanecemos colaborando ativamente com as autoridades para garantir que os responsáveis sejam identificados e que a justiça seja feita, agindo com transparência e respeito aos trâmites legais. Esclarecemos que, em conformidade com as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as imagens de segurança não podem ser compartilhadas publicamente, estando disponíveis apenas para as autoridades competentes.
A Mini Kalzone disponibilizou apoio jurídico e psicológico à colaboradora, reafirmando nosso compromisso em garantir seu bem-estar e segurança. Para nós, este não é apenas um caso isolado de violência, mas uma afronta aos valores e princípios que defendemos. Não mediremos esforços para proteger nossa equipe e buscar a responsabilização pelos atos cometidos.
Agradecemos a compreensão e o apoio de todos. Seguiremos empenhados para que essa situação seja resolvida com justiça e transparência, defendendo sempre o respeito e a integridade de nossos colaboradores.”
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