20 de novembro de 2024

Polícia pede prisão de suspeita de ataques racistas em supermercado de área nobre de BH


Mulher, de 46 anos, foi indiciada pelos crimes de injúria racial e agressão. Caso ocorreu no dia 5 de novembro. Trabalhadora é vítima de ataques racistas de cliente em área nobre de BH
A Polícia Civil indiciou uma mulher suspeita de proferir ataques racistas em um supermercado de Belo Horizonte pelos crimes de injúria racial e agressão e pediu a prisão preventiva dela. O caso ocorreu no bairro Belvedere, Região Centro-Sul da cidade, no dia 5 de novembro.
Segundo as investigações, a suspeita, de 46 anos, teria se exaltado com uma funcionária do caixa do estabelecimento, de 25 anos, porque ninguém estava empacotando as compras dela.
Testemunhas gravaram o momento em que a mulher disse: “Você acha que, por sua corzinha, você pode fazer o que bem quiser” (veja vídeo acima).
Depois de ofender a funcionária, a suspeita ainda teria agredido o segurança do supermercado e fugido do local, derrubando a cancela.
“Foram ouvidas testemunhas e as vítimas, todas corroboraram no sentido do vídeo, dizendo que a investigada realmente praticou os crimes […]. A investigada, muito embora tenha sido intimada pela Polícia Civil por duas vezes, não compareceu para prestar suas declarações”, afirmou a delegada Bianca Prado, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul, em Belo Horizonte.
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Relembre
A vítima, Mariana Paula Cardoso, contou ao g1 que não conseguiu trabalhar o resto do dia e ficou com o ‘psicológico abalado’ pela ação da suspeita, que se apresentou como juíza.
“Eu estava trabalhando, sabe? Já é tão difícil lidar com público. Eu fiquei com meu psicológico muito abalado. Ela me ameaçou várias vezes, falou que isso não iria ficar assim, que ela é juíza e que eu não conhecia ela. Fiquei em choque. Isso nunca tinha acontecido comigo”, afirmou a vítima.
De acordo com o registro policial, o fiscal da loja disse aos militares que interveio, mas a suspeita o agrediu com um soco no abdome e disse: “Quem essa negra pensa que é?”.
Conforme testemunhas, a equipe administrativa e o gerente do mercado deram assistência à vítima e afastaram a mulher, que ainda tentou agredir a operadora de caixa.
Os clientes relataram ainda que, durante a fuga, a mulher acelerou o carro e quebrou a cancela do estacionamento, além de ter chamado outros empregados de “pobres e vagabundos”.
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