16 de janeiro de 2025

Polícia prende motorista suspeito de atropelar e matar jovem que comemorava formatura em Búzios


Prisão preventiva foi decretada pela Justiça nesta quarta-feira (15) em resposta a pedido do MPRJ. Maria Eduarda, de 18 anos, estava com outros dois amigos quando foi atingida na calçada. Giovanna Larrubia segue hospitalizada. Maria Eduarda Souza Augusto, de 18 anos, foi comemorava a formatura no ensino médio em Búzios quando foi atropelada na calçada
Arquivo pessoal
A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (15), o motorista suspeito de atropelar e matar Maria Eduarda Souza Augusto, de 18 anos, que comemorava a formatura no ensino médio em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio. A informação foi confirmada pela delegada Flávia Monteiro.
A Justiça decretou a prisão preventiva em resposta ao requerimento do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentado nesta quarta. O órgão também denunciou Yago da Silva Lima, de 27 anos, que responderá pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
O g1 tenta contato com a defesa do suspeito.
Ele se apresentou à Delegacia de Polícia na segunda-feira (13), confessou que dirigia o veículo, que ingeriu bebida alcoólica e que não tinha habilitação para dirigir. Além de Maria Eduarda, Giovanna Larrubia Contides, também de 18 anos, foi atingida e segue hospitalizada.
Jovem de 18 anos morre atropelada em Búzios
Imagens do acidente, que são fortes (vídeo acima), mostram as vítimas e outro amigo caminhando de mãos dadas na calçada da Avenida José Bento Ribeiro Dantas. Em determinado momento, o grupo é surpreendido pelo veículo, às 04h52 do último domingo (12), na altura do bairro Vila Caranga.
O vídeo mostra o motorista descendo do carro, se aproximando da vítima, que está caída ao chão, e, após verificar a falta de reação de Maria Eduarda, saiu do local sem prestar socorro.
O pedido de prisão preventiva, feito pela promotora de Justiça Renata Mello Chagas, ocorreu depois que a Justiça indeferiu o pedido de prisão temporária do motorista na segunda-feira (13), alegando “falta de demonstração de novos fatos a serem investigados” e a “colaboração espontânea do autor do fato com o esclarecimento das circunstâncias do crime”.
O motorista continuou em liberdade, precisando seguir algumas medidas cautelares, como o comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades e a proibição de mudança de endereço sem prévia e expressa comunicação ao juízo.
No novo documento, a promotora detalha a cronologia do fato e defende que o denunciado assumiu a direção do veículo “agindo de forma livre, consciente e voluntária, aceitando e assumindo o risco de produzir o resultado morte”.
O texto também reforça que ele não prestou socorro e que assumiu o dolo eventual por estar “com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool”, além de não “possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Para Dirigir (PPD), tendo adormecido no volante”.
“O crime de homicídio foi praticado com emprego de meio cruel, uma vez que Maria Eduarda foi violentamente atropelada, arrastada e abandonada em via pública. Além disso, o crime de homicídio foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”, diz o texto do MPRJ.
O órgão lembrou ainda que a vítima foi atropelada violentamente na calçada da via e que o delito foi praticado por meio que poderia gerar perigo comum, podendo ter atingido qualquer outra pessoa ou motorista.

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